Maio é o mês dedicado a Maria, nossa Mãe: se reza o Rosário (se oferecem rosas...). Para Ela se enfeitam altares –  de humildes capelinhas a grandiosos Santuários

“Minha alma engrandece o Senhor”. Assim respondeu nossa Mãe Maria à saudação de Isabel: “Feliz aquela que crê, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”.
Maio é o mês dedicado a Maria, nossa Mãe: se reza o Rosário (se oferecem rosas...). Para Ela se enfeitam altares –  de humildes capelinhas a grandiosos Santuários. A Ela, “Onipotência suplicante” se pedem todo tipo de favor... Tudo começou com o anúncio do Anjo Gabriel – como Lucas nos conta no cap. 1° do seu Evangelho – e nós conhecemos o fato... Mas qual é a “intenção” deste fato? Carlo Carretto, Pequeno Irmão de Jesus, contemplativo no deserto, pode ajudar a entender. 
“Certa noite tentei uma conversa com Maria (para mim era fácil, Lhe quero tanto bem!). Eu disse-lhe: conta-me como contaste a Lucas o evangelista! “Tu sabes, disse-me Ela, pois conhece o Evangelho... Eu vivia em Nazaré da Galileia e minha vida era igual à vida de tantas jovens do povo: trabalho, oração, pobreza, alegria de viver e, principalmente, esperança no destino de Israel. Trabalhar e rezar... eu vivia cheia de paz e de alegria. Naquele dia eu estava sozinha quando uma luz intensa me envolveu. Eu estava rezando, sentada num banquinho e sentia uma alegria diferente invadir-me toda. A luz aumentava e eu sentia-me contente de me deixar penetrar por aquela luz. De repente a luz assumiu o aspecto de um anjo. Sempre pensei que os anjos fossem assim. Sabe como é o problema da Fé. Nunca sabes se a visão vem de dentro ou de fora.  É certamente de dentro e não existe ilusão e sabes que Deus é que dá testemunho. O Anjo falou – aí também nunca sabes se a voz é escutada pelo ouvido ou na profundeza do ser. Ouvi a voz lá no fundo e disse: “Ave, Maria, cheia de graça. O Senhor está contigo”. Eu fiquei perturbada. Podes pensar nas coisas de Deus com desejo imenso de experimentá-las, mas quando te tocam, te assustam. Ele disse então: “não tenhas medo, Maria”. Isto me deu coragem, pois já ouvira a mesma frase na sinagoga quando se lia a história de Abraão (Gn. 15,1). Depois, o Anjo me anunciou a maternidade com poucas palavras, mas tão claras que eu tive a impressão que brotassem de mim. Fiquei estarrecida: como seria possível, já que eu era virgem? Nada é impossível para Deus... Sim, precisava um cego abandono em Deus”.
Maria responde com grandiosa simplicidade... Daqui para frente seu destino será em plena sintonia com o Filho, mesmo sendo tão diferente daquilo que o Anjo anunciara... O Anjo tinha dito: “Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo… reinará na Casa de Jacó para sempre... (Lc 1,26)”. Eis que nasce numa gruta e é colocado numa manjedoura... Ela precisa fugir para salvá-lo da fúria de Erodes. Ao voltar em Nazaré, seu Filho, nascido por obra do Espírito Santo é “filho de José, o carpinteiro”... A alegria imensa por ser Mãe do Salvador estava unida à profecia da espada que transpassaria seu coração... A espada aprofundava-se a cada separação, até a aceitação de João como filho em lugar de Jesus que morria na Cruz... Somente em Pentecostes tudo ficou claro... não precisava mais ter Fé!
Mas porque Deus veio por meio de uma mulher, mesmo que maravilhosa? Para que cada um de nós recebesse Jesus em sua vida como Vida, Verdade, Caminho... e vivesse na Fé.  Para que cada um de nós sentisse a felicidade de receber a seiva da Videira Divina, sendo um ramo junto dos outros ramos, todos bem unidos na mesma videira!