Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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10º Grito de Alerta

Na última quarta-feira, dia 16, em Ijuí, agricultores familiares se reuniram na Praça da República para chamar a atenção dos governantes para a situação vivida pelo setor. O STR também participou com uma representação

Na última quarta-feira, dia 16, em Ijuí, agricultores familiares se reuniram na Praça da República para chamar a atenção dos governantes para a situação vivida pelo setor, seriamente prejudicado pela estiagem, pela forte elevação dos custos de produção e pela desvalorização da classe produtora de alimentos.
Cerca de 5 mil agricultores familiares estiveram presentes na mobilização pacífica e ordeira que teve como objetivo cobrar ações dos governos, principalmente o Federal, para as pautas da agricultura familiar, com destaque maior para aquelas que se referem às medidas solicitadas pelas entidades, dentre elas a Fetag-RS, para minimizar os prejuízos causados por mais um período de forte estiagem no Estado.
A agricultura familiar também exige que os governos tenham mais atenção às causas do dia a dia da categoria, tais como o congelamento dos recursos investidos na saúde, o aumento no preço dos combustíveis, a retomada do desconto da energia elétrica para o meio rural, o aumento no custo de produção, a desvalorização do salário mínimo, a falta de infraestrutura de telefonia, internet e estradas no meio rural.
O STR também participou com uma representação.

Panorama do alho
A safra do sul de 2021/22 permaneceu com as mesmas áreas da anterior, ao redor dos 4 mil hectares. Durante quase todo o ciclo, o clima foi muito seco e muito frio, favorecendo as lavouras que possuíam água para irrigação. Muitos produtores secaram seus açudes e, dessa forma, anteciparam a colheita dos alhos precoces, com um menor calibre, especialmente em Santa Catarina.
Os primeiros lotes dos alhos precoces de Santa Catarina entraram no mercado no final de dezembro, mas com baixos volumes, das regiões de Frei Rogério e Fraiburgo. Os preços recebidos pelos produtores, em dezembro de 2021, ficaram ao redor de R$ 6 acima da classe, na caixa, toaletado e R$ 4,50 acima nos alhos escovados.
Em janeiro de 2022 os alhos precoces, Ito, Caçador, Jonas e Chonan, entraram forte no mercado. Os preços permaneceram em média a R$ 6 acima da classe, toaletado, para os tamanhos 5/6/7. O alho 4 toaletado ficou em torno de R$ 5 acima da classe ou R$ 90/caixa toaletado.
Os alhos escovados, em janeiro de 2022, tiveram pouca procura e as poucas vendas tiveram os preços ao redor de R$ 4 a R$ 5 acima da classe. Já o alho escovado, até final de janeiro, estava girando muito pouco quando comparado com anos anteriores.
A variedade tardia, São Valentin, plantada em junho e início de julho teve a colheita na última semana de novembro e o pico da mesma nos primeiros quinze dias de dezembro. Esse alho entrou no mercado no final de janeiro de 2021, em especial a safra gaúcha. Os preços médios junto aos produtores do Rio Grande do Sul foram semelhantes aos praticados em Santa Catarina com R$ 4 a R$ 5 acima da classe para os alhos escovados e R$ 6 acima para os toaletados.
O alho da safra de 2021/22 está em excelente estado, com túnica branca e dente roxo.
O estoque de alho no sul do país no final de janeiro estava ao redor de três milhões de caixa de dez quilos.