Vitor Hugo Zenatto

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A façanha do Internacional

O time protagonizou, no enfrentamento contra o River Plate da Argentina, uma partida com grandes emoções

O Internacional protagonizou, por ocasião do segundo jogo do mata-mata da Copa Libertadores, no enfrentamento contra o sempre perigoso e grande vencedor da competição, o River Plate da Argentina, uma partida com grandes emoções quando reverteu o resultado negativo no jogo de ida para forçar a decisão na cobrança de penalidades máximas. E não foram apenas as cinco cobranças iniciais, as cobranças alternadas prosseguiram com um erro de cada equipe, até que o colorado obtivesse vantagem. Grande público no Beira Rio e uma classificação que sobrou em emoção. Em contrário, o Internacional faz campanha preocupante no Campeonato Brasileiro, com muitas rodadas seguidas sem vitória, com derrota no último enfrentamento com o Botafogo, a grande surpresa da competição, e precisando de uma campanha de recuperação ao mesmo tempo em que pensa nos confrontos com o Bolivar na competição continental, onde no primeiro confronto precisa superar a equipe boliviana e a incrível altitude de 3.600 metros de La Paz, que praticamente inviabiliza disputar de igual para igual para times não acostumados com aquelas condições.

O Juventude na série B

Após um longo período de péssimos resultados nas várias competições disputadas, inclusive no Gauchão, o Juventude parece ter acertado a mão com o jovem técnico Thiago Carpini, de 39 anos, que com praticamente o mesmo grupo da fase ruim do Papo obtém resultados excelentes na competitiva série B do Brasileirão, com sequência recente de quatro vitórias em cinco jogos. Mostra organização e competitividade mesclando jogadores jovens com mais experientes, como Nenê e Alan Ruschel, repetindo o técnico o surpreendente trabalho feito no Água Santa, de São Paulo, levando um time desconhecido do grande público a uma final história do campeonato Paulista, caindo para o poderoso Palmeiras. É de se registrar também, em favor do alviverde caxiense, a qualidade do gramado do Alfredo Jaconi, que sem dúvida é dos melhores gramados das séries A e B e sem recorrer ao recurso de gramado artificial, bastante adotado ultimamente (Palmeiras, Botafogo, Athletico Paranaense), provando que é possível sim ter gramado natural de qualidade com sequência de jogos. Os muitos juventudistas florenses têm do que se orgulhar nessa temporada.

O mercado brasileiro do futebol

No contexto da América Latina, o mercado para jogadores profissionais do Brasil é, sem dúvida, o mais desejado, o que determina que se tenha grande número de estrangeiros em praticamente todos os times da série A, especialmente, mas muitos também na B. A remuneração elevada e exposição em vitrine de possibilidade de buscar o mercado da Europa motiva esses atletas e internacionaliza o futebol brasileiro em um nível nunca visto. A volta de jogadores brasileiros e sul americanos dos grandes clubes da Europa para o Brasil, também é intensa, sendo que clubes como Flamengo, São Paulo, Atlético Mineiro e outros apresentam a cada janela de transferência nomes conhecidos do cenário internacional. O São Paulo, por exemplo, estreou em poucos dias Alexandre Pato, Lucas Moura e James Rodrigues, o que talvez explique e justifique públicos cada vez maiores nos estádios pelo apelo midiático inevitável de nomes famosos estreando a todo momento. Cada vez mais o esporte futebol assume a condição de espetáculo também aqui.