Vitor Hugo Zenatto

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O Grenal 439

O componente anímico do resultado do clássico, às vezes, define os próximos passos, sempre tendo em mente que cada jogo será uma nova história

Primeiro é preciso dizer que contar os clássicos é uma curiosidade bem gaúcha, pois é comum se ver admiração de alguns não riograndenses com tal costume de o maior clássico do futebol do estado, e um dos maiores do país, ser rigorosamente marcado pelo número de sua edição. O disputado no último domingo, dia 21 de maio, foi o de número 439, e que ficou marcado pela boa vitória do Grêmio pelo placar de 3X1, com gol e grande atuação de Luis Suárez, e outras boas atuações do paraguaio Villasanti, de Bitelo, jogando abaixo de sua condição física ideal, e do zagueiro Bruno Uvini, fazendo boa partida. 
Já o Internacional foi colocado na encruzilhada das decisões quanto ao seu grupo de jogadores, comissão técnica e das mudanças que claramente precisa fazer para tentar seguir vivo na Libertadores, Copa do Brasil, e evitar o pânico no Campeonato Brasileiro pela baixa pontuação. Mesmo que os dois times não tenham feito grandes apresentações neste primeiro semestre, o componente anímico do resultado no Grenal, às vezes, define os próximos passos, sempre tendo em mente que cada jogo será uma nova história, por isso o futebol continua a encher estádios e ocupar a mídia e os espaços de transmissão.

A situação vergonhosa do campeonato espanhol

Difícil de classificar o que vem ocorrendo no campeonato espanhol, mais especificamente com o craque brasileiro Vinícius Júnior, destaque do poderoso Real Madrid nas últimas temporadas. O jogador é seguidamente vítima de manifestações racistas durante os jogos do campeonato espanhol, o que gera situações de conflito, interrupção dos jogos com queixas do atleta a arbitragem, que pouco pode fazer, na verdade, ante a dificuldade extrema de identificar os ofensores.
Notável que a chaga do racismo está longe de ser característica de países pobres, de terceiro mundo como são chamados, mas sim aparece fortemente em países europeus de economias importantes, com grande apelo e influência cultural no mundo inteiro e, da mesma forma, em potências econômicas do planeta como a história nos conta, e que vitimam não só atletas do futebol, mas nas diversas modalidades esportivas, inclusive olímpicas.
Tais fatos conduzem a conclusão de que não basta, por mais importante que seja, apenas conscientizar, criar legislação punitiva ou falar mais sobre o assunto, pois se nem nos eventos esportivos, no momento de lazer quando os espíritos deveriam estar desarmados, estamos livres dessas situações para o que é preciso que outras soluções sejam pensadas e manifestadas fortemente nas próximas gerações, então, quem sabe, possamos evoluir de verdade e sonhar com o futebol jogado só em campo, despertando paixões positivas pelo esporte e não servindo de prolongamento das defecções morais humanas.