Economia

O Perfil Socioeconômico 2021 de Flores da Cunha, uma publicação anual do Jornal O Florense, desde 2008, foi lançado na terça-feira, dia 16, para um grupo seleto de autoridades, empresários e comunidade, no Centro Empresarial de Flores da Cunha, respeitando as normas de enfrentamento da Covid-19.
“É uma satisfação no ano em que estamos comemorando 35 anos do Jornal O Florense estar aqui para lançar a 13ª edição do Perfil Socioeconômico. Esse ano, em particular, a reportagem de abertura mergulhou no desenvolvimento cultural do nosso município. Com ela, vamos percebendo que há uma série de informações que nos trazem a cultura e que, de um modo geral, ela serve como elemento de desenvolvimento e de identidade”, proferiu o diretor do Jornal O Florense, Carlos Raimundo Paviani, destacando também que o Perfil deste ano buscou compilar informações sobre economia criativa, conceituada com um conjunto de negócios baseado no capital intelectual e cultural.
“Hoje não basta termos uma agricultura, uma indústria, um comércio e um setor de serviços forte. Na era digital o desenvolvimento está atrelado à inovação, que advém do capital intelectual que possuímos. O levantamento feito pela Firjan aponta, em 2017, que a economia criativa foi responsável por 2,6% do PIB nacional, totalizando mais de R$ 171 bilhões. Tenho certeza que todos vocês têm nas suas empresas pessoas envolvidas com a área da economia criativa, da criação, do desenvolvimento de produtos, de design e de comunicação, que hoje perpassam todas as diferentes formas”, frisou Paviani ao mesmo tempo em que destacou outras informações presentes no perfil, como o fato de ter ocorrido uma redistribuição no Valor Adicionado das empresas, em relação a 2020. “O destaque para a produção primária, que no ano passado cresceu em Valor Adicionado mais 33%, representa receita direta nos cofres municipais, pois quando a agricultura tem maior Valor Adicionado impacta diretamente no retorno do ICMS que o município vai ter”, defendeu o diretor, ao mesmo tempo que agradeceu ao secretário da Fazenda, Jorge Dal Bó, por ter possibilitado o acesso aos dados para desenvolvimento do material, aos presentes e as entidades pela parceria firmada. 
O prefeito da cidade, César Ulian, parabenizou os empresários em sua fala. “Não tenho dúvida que se nós temos números positivos no nosso município é graças a coragem e a persistência do nosso empresariado. Nós, enquanto gestão, desde o início do ano estamos somando esforços e agora está tramitando na Câmara de Vereadores um projeto chamado “Flores mais Empreendedora” para que possamos, em parceria da CDL e do Centro Empresarial, unirmos esforços e valores para trabalharmos junto ao nosso empresariado e, principalmente, com a formação de mão de obra, já que a nossa principal dificuldade é conseguirmos mão de obra qualificada”, destacou Ulian, ao mesmo tempo em que afirmou que, em breve, estará conversando com instituições de crédito, bancos e cooperativas, para buscar políticas de microcrédito que incentivem as novas empresas.
O Perfil Socioeconômico 2021 pode ser adquirido na sede do Jornal O Florense ao valor de R$ 24,90.

Líder ao completar 50 anos

Em um ano onde a pandemia foi o denominador comum para todos os segmentos, a Fante Bebidas se tornou líder do ranking de Valor Adicionado do município de Flores da Cunha. A empresa saiu do 3º lugar em 2019 para ocupar a primeira colocação em 2020, com um aumento de 28,2% (confira tabela ao lado).
Conforme o diretor da empresa, Júlio Fante, a conquista é de grande alegria. “Nós fomos um pouco favorecidos pela situação da Covid-19. O fator ficar em casa aumentou o consumo de vinhos e outras bebidas que resultaram em um crescimento de faturamento muito interessante”, relata Fante.
Conforme o diretor da Fante Bebidas, a elevação do Valor Adicionado em 2020 se deve a redução dos estoques. “O ano passado foi um ano que teve falta de alguns insumos, isso, por consequência, trouxe um valor adicionado maior. Mas existe todo um trabalho de longa data. A Fante fez 50 anos e isso tudo veio de uma soma de fatores, de capacidades, de serviços, de equipe, de comprometimento, que trouxe um resultado muito positivo”, resume Fante. 
Para 2022, Júlio afirma que o cenário no ramo de bebidas continuará aquecido em algumas áreas. “Tudo depende do comportamento do consumidor. Se nós tivemos, lá em 2020, um consumo em casa, agora com a abertura dos pontos de venda, dos eventos, esse consumo só migra de direcionamento, mas não cai”.
E para 2022 a Fante terá novidades. “Estar sempre atento as tendências de consumo é um direcionamento da empresa. As bebidas são moda, tem altos e baixos, e precisamos entender a vida que esses produtos tem dentro de um processo de consumo. Temos algumas coisas novas que estão em laboratório, seguindo as tendências mundiais. Porém já se ensaia algumas coisas diferentes. Mas os produtos tradicionais, como vinho e espumante, têm uma vida muito longa, e se mantêm muito ativos”, finaliza.