Economia

O Perfil Socioeconômico 2023 de Flores da Cunha, uma publicação anual do Jornal O Florense, começou a ser entregue à comunidade na última semana. A publicação tem como objetivo divulgar informações coletadas junto a órgãos e entidades governamentais, além do setor público do município, que foram avaliadas para apresentar aos leitores um quadro de como Flores tem se comportado nos últimos anos nas áreas social, educacional e econômica.
A 15ª edição conta com 57 páginas, divididas em 19 capítulos: Reportagem/Centenário; Representatividade por Segmento; 50 Maiores Empresas de Flores da Cunha; Maiores Empresas por Segmento; Produto Interno Bruto; Balança Comercial; Indicadores Demográficos; Proteção ao Crédito; Indicadores Eleitorais; Indicadores Econômicos; Indicadores da Frota; Indicadores Educacionais; Indicadores de Serviços; Desenvolvimento Socioeconômico; Indicadores de Segurança; Indicadores de Emprego; Previdência Social; Setor Primário, e; Indicadores.
Neste ano, a reportagem de abertura abordou os 100 anos de emancipação política do município, fazendo o leitor participar de uma viagem histórica, com paradas pelos números e dados que fizeram a Flores da Cunha centenária. Nela é possível relembrar um pouco sobre a história da emancipação, a chegada dos imigrantes, as informações iniciais sobre o distrito de Nova Trento e os primeiros números oficiais, habitantes, educação, setor agrícola, indústrias, empreendimentos, entre outros, além do desenvolvimento e crescimento da cidade.
A publicação do Perfil Socioeconômico 2023 mostra que ocorreram pequenas mudanças, nos últimos anos, nas 10 maiores empresas, com pouca alteração no seu percentual. Algumas somente inverteram suas posições, como é o caso da Keko Acessórios que passou a ocupar a 3ª posição no ranking com aumento de percentual de 1,06 pontos, atrás de Fante Bebidas, que diminuiu seu percentual em 0,59, e Móveis Florense, que cresceu o percentual em 0,66. Uma das novidades na lista das 50 maiores empresas é a Unifique Telecomunicações que passou a ocupar a 13ª posição.
Entre os setores que mais contribuíram em 2022 estão: metalurgia com 20,6% em 20 empresas; seguido do de bebidas com 16,8% em 20 empresas. Já o setor de comércio comparece com 20 empresas e representa 12,5%. Na sequência aparecem os móveis com 9,47% em 15 empresas; os serviços com 4,42% em 10 empresas; e os transportes com 2,27% em 20 empresas. O setor que menos contribui é o plástico com 1,77% distribuído entre cinco empresas.
O crescimento do Valor Adicionado foi de 17,2% no ano de 2022 em relação a 2021 – mesmo em ascensão foi inferior ao registrado entre 2020 e 2021. O maior aumento foi da indústria, que cresceu 20,5%.
Entre os principais produtos exportados estão os móveis e suas partes com 22% do total, seguido de partes e acessórios de veículos, com 17%, vinhos e derivados, 14%, cábreas, guindastes, pontes-rolantes e pontes-guindastes, 12%, outros motores e máquinas, 5,8%. Argentina é a compradora número um, com 22%, seguido de Paraguai (16%), Reino Unido (10%), Estados Unidos (9,5%) e Chile (8,5%).
Já as importações tiveram uma redução de -9% em comparação om o ano anterior, mesmo assim, registrando um volume em US$ 52,8 milhões, ou seja, maior que as exportações, o que ocasionou o saldo negativo na balança comercial. Os principais itens importados são produtos laminados de ferro e aço (23%), guarnições e ferragens (8,1%), outros tubos e perfis ocos (5,8%), máquinas e ferramentas (5,1%) e outros motores e máquinas motrizes (4,4%). A principal origem das importações é a China (48%), seguida de Itália (21%), Estados Unidos (8%), Romênia (4,2%) e Chile (3,8%).
A pesquisa também mostra dados do valor adicionado do setor primário, no qual tem destaque a uva (30,5%), aves (24,18%), ovos de aves (23%), outros (3,52%), tomates (2,87%), alho (2,53%), morangos (2,21%), milho (1,96%), cenouras/beterrabas (0,98%) e cebola (0,88%). 
Um dado que chama a atenção é em relação aos indicadores econômicos, os quais mostram que, nos últimos dois anos, as aplicações na poupança têm diminuído. Em 2022, houve uma redução de 10,9% – em 2021 esse número tinha sido de 1,67% –, sendo que as reduções não ocorriam desde 2006. 
Já em relação aos indicadores demográficos, o exemplar mostra que o número de pessoas com mais de 65 anos cresceu 78% em 12 anos e que a população com até 14 anos apresentou um aumento de 1,77%, de 2010 para 2022.  As faixas etárias dos 35 aos 44 anos são as que têm o maior número de pessoas, sendo 39 anos a idade mediana dos florenses.
Os dados também revelam que após as restrições sociais impostas pela pandemia, os casamentos retornaram aos seus índices normais. Em 2021 – últimos dados divulgados sobre os registros civis – o crescimento foi de 66,6% no número de matrimônios. Enquanto os casamentos voltaram a crescer, o número de divórcios diminuiu em 23,8% em relação a 2020. Já os nascimentos mostram-se estáveis, oscilando pouco nos últimos três anos. Em 2021, eles mantiveram o mesmo número registrado em 2020. Dos nascidos, 52,3% foram homens e 47,6% mulheres – diferente de 2020 quando foram registrados 48,9% homens e 51% mulheres.
Outro índice de grande relevância é quantidade da frota de veículos em circulação. Atualmente, a cidade tem uma população de 30.892 habitantes e conta com 27.466 veículos em circulação. Em relação às infrações de trânsito, o número tem diminuído. Em 2021 eram 4.481 e em 2022 foram 3.799.
O Perfil Socioeconômico 2023 é um produto da Editora Novo Ciclo, com o patrocínio do Centro Empresarial, da prefeitura municipal, da Câmara de Vereadores, do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Flores da Cunha e Nova Pádua e anunciantes. O exemplar pode ser adquirido na sede do Jornal O Florense, ao valor de R$ 50.