Esporte

Pé na Turfa no Monte Roraima

Florenses fazem expedição à Venezuela e sobem ao cume da montanha

Um grupo de amigos florenses com gostos em comum, apaixonados pela natureza e por esportes de aventura: Samuel Marcon, 28 anos, turismólogo, montanhista e voluntário do Caminho das Araucárias; Fabrício Mascarello, 27 anos, designer, montanhista e escalador; Nicolas Dal Bó, 27 anos, engenheiro civil, montanhista e escalador e; Guilherme Calgaro, 28 anos, programador de máquinas, montanhista e nature lover.
Foi o quarteto que criou o grupo Pé na Turfa, durante uma expedição realizada em 2020 para o Caminho das Araucárias, em São José dos Ausentes. “Foram três dias com muita chuva e neblina em caminhos sem trilha. Tivemos que descobrir os passadores dos capões e subir muita coxilha, além de pisar em vários banhados, as famosas turfeiras da região dos Campos de cima da Serra”, explica Samuel sobre como surgiu o nome do grupo. 
Com o propósito de desafiar corpo e mente, através da prática de trekking, e explorar a natureza de forma consciente, o grupo também proporciona experiência aos amigos e conhecidos. E nesse ano o Monte Roraima foi o destino da aventura, localizado na América do Sul, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. “Nosso objetivo é, todo o ano, fazer ao menos uma grande expedição, fora as trilhas convencionais que fizemos na região”, revela Marcon, lembrando que em 2021 o quarteto foi para Minas Gerais fazer a travessia conhecida como Marins x Itaguare. 
Os quatro, junto com os amigos Lucas Pozzo, William Longhi, Mateus Brand, Luan Braz, Mauricio Calgaro, Mauricio Molardi e Henrique Finger, estiveram na Venezuela, neste mês de novembro, para iniciar a jornada. O grupo se deslocou até a cidade de Boa Vista, em Roraima, após pegou um transfer até a Venezuela – único local com caminho acessível para subir o monte caminhando. 
Foram nove dias e, oito deles, caminhando mais de 120 km. “É um lugar onde a natureza fala mais alto e que exige muito preparo físico e, principalmente, psicológico. Ficamos nove dias sem sinal e sem contato com o mundo, fora da nossa zona de conforto. Foram oito dias acampando, todos os dias caminhando, pegando calor, chuva, frio”, relata o turismólogo, declarando que não é algo fácil, pois possui alguns trechos expostos. “Tu vai beirando um paredão, ao mesmo tempo em que passa por uma pirambeira, encostado no paredão, na tua esquerda tem um penhasco e uma cachoeira, que é o famoso Paso de las Lágrimas, o trecho mais complicado e que desafia todo o mundo”, revela Marcon, acrescentando que a adrenalina é muita. 
Para ele, a união dos 11 amigos foi a parte mais marcante, um ajudando o outro. “Todos com a cabeça boa, bem, entusiasmados, por mais que tenhamos passado bastante trabalho, o pessoal ficou bem empolgado e todos chegaram ao topo”, finaliza, revelando que contou com o apoio de guias e indígenas locais para conseguirem, com sucesso, desfrutar de mais uma aventura.

 - Arquivo Pessoal/ Divulgação
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