Expressões

Colunista de O Florense, Floriano Molon, lança 12º livro

“Torre Centenária de Otávio Rocha” deverá ser apresentada durante a Fecouva

Aos 72 anos e natural de Otávio Rocha, distrito de Flores da Cunha, o escritor Floriano Molon não para. Neste fim de semana ele deve ter em mãos o seu 12º livro, intitulado “Torre Centenária de Otávio Rocha”. A publicação será entregue, gratuitamente, aos associados da Igreja Matriz da comunidade, ao final das missas, na subprefeitura e apresentada durante a 14ª Fecouva.
A obra, de 136 páginas, é subdivida em seis capítulos: 140 anos de colonização de alguns Travessões da 10ª Légua da Colônia Caxias, Torre de Otávio Rocha – 100 anos, 60 anos da Paróquia São Marcos de Otávio Rocha, As iniciativas comunitárias, As Festas da Colônia e Fecouva, e Arquivo fotográfico. Este último reúne mais de 180 registros históricos de Molon, do Arquivo Histórico de Caxias do Sul, do Museu dos Capuchinhos, e da comunidade.  
“Estava há alguns anos preparando matéria para as festas do Centenário da Torre, em 22 de maio de 2021. Infelizmente não foi possível muita celebração, por causa da pandemia. Fui, assim, acrescendo outras pesquisas sobre os 140 anos da colonização, os 60 anos da Paróquia, as atividades comunitárias e inclui, ainda, a história da Fecouva”, lembra o escritor, que destaca que em 2022 completará 40 anos da publicação de seu 1º livro: “Otávio Rocha, cem anos de vida colonial”.
De acordo com Molon, a ideia de um livro com essa temática surgiu a partir das pesquisas de duas matérias do Stafetta Riograndense, editado em Garibaldi: “Descrevia, de forma magistral, o antes e durante a festa de inauguração da Torre. Em 1921, ‘a mais alta torre da região colonial italiana’, ‘uma torre que é um terço da Torre de Veneza’, ‘Parabéns Marcolina (Otávio Rocha atual) que começou a sua torre depois de Caxias e terminou antes’, declaração do Vigário de Caxias. A torre teria sido uma das pioneiras a ser construída por uma pequena comunidade que não era sede de Paróquia”, relata. 
E se a ideia surgiu a partir da publicação da matéria em um jornal, o objetivo da obra de Molon é o de complementar outra publicação: o Livro Tombo da Paróquia de N. Sra. de Lourdes, com as anotações de Frei Eugênio, que mesmo que tenha começado a juntar os dados em 1949, confirmou anos e principais acontecimentos de Otávio Rocha, garante.
Logo na capa, “Torre Centenária de Otávio Rocha” destaca as palavras coragem, trabalho, fé e união. “São características de todos os imigrantes. A coragem que manifesta-se em deixar a bela e estruturada Itália, se lançar,  por mais de 30 dias em alto mar, e tomar posse de um lugar desconhecido; o trabalho que ajudou a preparar os seus lotes rurais para sobreviver em meio à floresta, fazer as suas casas, as suas roças e cultivar a terra; a união dos colonizadores que, além da convivência para sobreviver, serviu para construir as suas primeiras capelas, delimitar os campos santos, construir escolas, salões, comprar os sinos e  construir as suas Torres, e; a fé é consequência da forte formação religiosa, na qual os imigrantes transferiam todos os seus sacrifícios e esforços, dentro dos ensinamentos que se sobressaíam desde a velha Itália, e foram trazidos nas suas bagagens intelectuais. A fé também se manifesta na valorização da família”, explica Molon.  
“O livro, na verdade, é uma síntese de tudo o que vivi e testemunhei e, fruto de antigas pesquisas. As novas gerações tem que saber, que se hoje podem beber uma água pura, tomar um banho, ir até a Praça, ver o Museu, ir ao Casarão dos Veronese, ao Parque da Gruta, viajar por estradas asfaltadas, por exemplo, é porque houve uma motivação comunitária muito grande e forte, que atingiu estes objetivos”, reflete o autor. 
Nesses 40 anos como escritor, o florense evidencia a importância de ter participado do desenvolvimento de outros livros sobre a imigração italiana, os carreteiros, os balseiros, a influência italiana na mesa dos brasileiros, a emancipação de Flores da Cunha e, sobretudo, da obra dos 150 anos da Imigração Italiana, na qual foi escolhido entre pouco mais de 40 pesquisadores de origem.
“Considero que ao contar uma história regional, ela também é universal, pois ao atravessar o oceano todos os imigrantes trouxeram modos de falar, de viver, de comer, de construir, de se vestir e de comemorar, que fazia parte de histórias milenares”, finaliza Molon.   
“Torre Centenária de Otávio Rocha” é uma obra que não objetiva lucro e poderá ser encontrada, em Flores da Cunha, no Almanaque Cultural, ao valor de R$ 20,00, ou, por correspondência, a R$ 25,00 com selo dos Correios. Mais informações e solicitações pelo e-mail molonfloriano@gmail.com.

Floriano Molon rodeado por seus livros. - Arquivo pessoal / Divulgação
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