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“A leitura nos ajuda a sermos protagonistas”

Feira do Livro de Flores da Cunha encerrou quinta-feira na Praça da Bandeira. Confira entrevista com a patronesse, a professora e historiadora Gissely Lovatto Vailatti

Em meio ao burburinho da Praça da Bandeira lotada de crianças e adolescentes das escolas de Flores da Cunha, a patronesse da 40ª Feira do Livro, Gissely Lovatto Vailatti, não se cansou de estimular a todos o hábito da leitura. Desde a semana passada, até ontem, dia 18, ela foi a madrinha das letras do evento que levou mais de 5 mil pessoas até a área central do município, a grande maioria estudantes das redes municipal, estadual e particular.

No intervalo de uma interação com o público, Gissely contou ao Jornal O Florense que o tema da Feira deste ano, Muitas Histórias para Contar, é capaz de estimular a mente das pessoas. “Todos têm uma história para contar. E ao lermos um livro, conhecemos novas histórias, ampliamos nosso conhecimento”, diz a patronesse. Questionada se tivesse de contar uma história, qual seria? A resposta foi rápida: “A história da Praça da Bandeira, este local mágico em que estamos, que reúne as pessoas”. Agradecida por ter sido escolhida como madrinha da Feira, ela conta que sempre olhou com outros olhos os escritores homenageados. “Sempre pensei, nossa, quantas qualidades essa pessoa tem para ter sido indicada. Desde criança penso assim. Essa visão diferenciada eu tento passar para as crianças, pois um livro é capaz de levá-lo para um mundo novo. Trazes os alunos na Feira do Livro é salutar, pois eles aprendem a gastar o dinheiro com uma coisa que alimenta a alma”, opina Gissely.

A professora e historiadora lembra que os pais devem sempre convencer os filhos a participarem do evento com bons exemplos, para que o incentivo seja duradouro. “A vinda deles aqui estimula a leitura. Depois, eles começam a escolher seus gêneros favoritos. A leitura nos ajuda a sermos protagonistas”, sentencia. A escritora de 39 anos que é coautora de três livros e autora de 1884-2009: 125 Anos da Colonização do Travessão Alfredo Chaves, primeiro volume do projeto Resgate Histórico das Comunidades realizado pela Secretaria de Educação, Cultura e Desporto; e do segundo volume, Mato Perso, uma história a ser preservada, que deve ser lançado em breve.

Sobre o futuro, “o que mais pode vir?”, questiona ela, emocionada. “Recebi a medalha Mérito Florense da Câmara de Vereadores, o Troféu Grazie do Jornal O Florense e agora patronesse da Feira do Livro. Aprendi com tudo isso que a responsabilidade só aumenta perante a sociedade. O que me trouxe até aqui é o fato de não fazer diferença com as pessoas, aquilo que falei no início, ou seja, todos têm uma história para contar. Meu pai Iraci me disse uma vez que eu precisava saber o valor da caneta e o da enxada. Tento enxergar as coisas pelas mãos de quem as construiu”, relata. Um livro fotográfico sobre Flores da Cunha e uma trilogia infantil estão nos planos da professora, talvez uma história sobre a imigração para as crianças, porque, para ela, “os livros dão vida à história, com relatos de quem a fez acontecer”.

 

Orgulhosa e agradecida pela indicação, Gissely interagiu diariamente com os frequentadores da Feira do Livro. - Fabiano Provin/O Florense
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