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A receita para chegar aos 100 anos

Nesta semana, Rosa Vanin Lucian comemorou seu centenário de vida ao lado dos familiares

Há 100 anos, os Estados Unidos decretavam a Lei Seca, que proibia a venda de bebidas alcóolicas; a Alemanha realizava a primeira exposição de arte dadaísta; ocorriam as primeiras transmissões públicas de rádio; o Brasil conquistava pela primeira vez uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Verão; e nascia uma das mulheres mais velhas a residir em solo florense. Rosa Vanin Lucian comemorou nesta semana, mais precisamente na segunda-feira, dia 27, seu centenário. A florense de coração nasceu em 27 de janeiro de 1920. Década marcada pela explosão dos Estados Unidos como potência mundial, pela queda da Bolsa de Valores, pelas consequências da Primeira Guerra Mundial, pela ascensão cinematográfica, pela moda parisiense, pela Semana da Arte Moderna brasileira e, mais localmente, pelo engajamento florense na emancipação política de Nova Trento. Os anos de 1920 foram um estopim em todos os sentidos, e Rosa acompanhou de perto, nos últimos 100 anos, o mundo passar do analógico para o digital, Nova Trento se emancipar, a mudança de nome da cidade, a criação da Fenavindima e o desenvolvimento econômico do município.

Filha de Antônio e Catharina Vanin, Rosa nasceu em Pedancino, bairro de Caxias do Sul e localizado na divisa com Flores. Ao lado dos 10 irmãos – todos já falecidos – passou a infância e a adolescência na localidade. Trabalhava como agricultora e ajudava nas atividades domésticas na casa dos pais. Aos 25 anos, em 11 de agosto de 1945, casou-se com Guilherme Lucian, que faleceu em 2011. Com a união passou a morar em Flores da Cunha, mais precisamente em São Cristóvão, localidade que vive até os dias atuais. Com o marido teve quatro filhos: Didiz (falecido), Loires, Maria e Merci, que lhe deram seis netos.

No município, o casal abriu uma malharia. Lá Rosa trabalhava como costureira ajudando no sustento da família. Com o passar dos anos, o trabalho foi sendo deixado de lado, mas as atividades recreativas não. Até hoje, a centenária adora pintar desenhos e cantar. Além disso, monta quebra-cabeças e faz crochê. “Sempre estou fazendo alguma coisa”, garante ela.

Rosa ainda dá a dica para se chegar aos 100 anos com saúde – ela toma apenas um remédio para suplementar o cálcio e outro para controlar a tireoide: uma taça de vinho. “Sempre tomo um copo de vinho. Daí fico alegre e vivo bastante”, conta ela, que se aproveita das propriedades da bebida, como o polifenois e o resveratrol, agentes antioxidantes que combatem os radicais livres e que ajudam no combate ao envelhecimento. “Eu ainda estou bonita, então dá para viver mais alguns anos. Mas não quero ficar muito velha”, brinca ela, em meio a risadas. O aniversário de 100 anos foi comemorado ao lado dos familiares.

Conforme dados do IBGE, em 2019, a população florense estimada era de 30.745 pessoas, mas não havia nenhuma com 100 anos ou mais. Entretanto, a florense Armelinda Bortolotto Pradella, moradora do bairro Lagoa Bela, completará 102 anos no dia 25 de março. Ela nasceu em 1918. Entre os 95 aos 99 anos, o registro é de dois homens e cinco mulheres. No Brasil, existem 7.245 homens e 16.989 mulheres com 100 anos.

 

 - Gabriela Fiorio
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