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Austrália: Um sonho que se tornou realidade

A florense Erica Giotti, de 24 anos, está há um ano e cinco meses na cidade de Gold Coast

O sonho da estudante de Painting e Decorating – curso de pintor na área de casas e construção –, Erica Giotti, 24 anos, de morar fora do Brasil se tornou realidade há um ano e cinco meses, quando passou a viver na cidade de Gold Coast, na Austrália. A jovem, que desejava conhecer novos lugares e experienciar uma nova cultura desde os seus 14 anos, escolheu o destino por ser um dos mais procurados pelos brasileiros para imigrar, principalmente por ter a oportunidade de estudar e trabalhar no mesmo visto, além se ser um país com uma das mais lindas paisagens que já viu.
Entre os municípios australianos, a florense escolheu viver em Gold Coast, o sexto mais populoso do país. A cidade é famosa por suas longas praias de areia, pontos de surfe, elaborado sistema de canais interiores e vias navegáveis, além de abrigar parques temáticos. “Escolhi vir para Gold Coast por ser uma cidade de praia, com um estilo de vida diferente e quase não fazer frio, disso não sinto falta da Serra”, brinca, ao mesmo tempo em que revela que um dos pontos negativos do município é a oscilação da oferta de trabalho e da moradia: “Por ser uma cidade litorânea, acaba tendo alta e baixa temporada, impactando diretamente na oferta de trabalho e moradia. Isso é uma das coisas que menos gosto daqui”.
De acordo com a jovem, essa experiência de viver fora do Brasil tem sido a melhor época da sua vida, principalmente pelo crescimento e amadurecimento adquirido em tão pouco tempo. Apesar do lado bom, a brasileira também precisou enfrentar algumas dificuldades: “As primeiras semanas de adaptação foram bem intensas, principalmente por conta do fuso horário, estamos 13 horas adiantados; o idioma, pois o sotaque australiano é bem difícil de entender; fazer novas amizades, e; procurar emprego. Literalmente sua vida começa do zero, mas acho que, diferente do Brasil, aqui temos muito mais oportunidades, todos os empregos são valorizados, e a Austrália tem um dos maiores salários mínimos do mundo”, ressalta, explicando que começou a trabalhar como faxineira. “Alugava um carro e trabalhava para uma empresa limpando casas. Logo depois, comecei a fazer faxinas em escritórios no horário da noite e conciliava escola e trabalho durante o dia. Hoje, trabalho em um hotel, como camareira, e em uma loja de joias, como vendedora”, relata.
Entre as diferenças de sua terra natal e o país dos cangurus, Erica cita a qualidade de vida e a segurança. “Trabalhamos muito, pagamos altos impostos também, mas temos esse retorno no dia a dia. Nem tudo são mil maravilhas, ainda mais se tratando da culinária e das pessoas. Aqui não temos um prato típico australiano, a culinária do país é basicamente um conjunto de outras populares ao redor do mundo, como a italiana, mexicana, grega e principalmente asiática, como japonesa e tailandesa”, elenca, dizendo que também tem muitas opções de restaurantes brasileiros ao redor do país, nos quais é possível matar a vontade de um belo churrasco ou do clássico feijão e arroz.
Em relação às pessoas, a jovem relata que o povo é bem-educado, porém são muito fechados: “É difícil construir laços com australianos, por isso boa parte dos imigrantes acaba ficando na própria bolha”, revela. A jovem também aproveita para destacar duas curiosidades do país: a grande quantidade de cangurus e o fato de os motoristas dirigirem do lado direito do carro.
Apesar de estar longe de casa e dos desafios que teve que enfrentar nesses 17 meses, a brasileira diz que não sabe se trocaria o seu lugar na Austrália para retornar e morar no Brasil: “Voltaria para Flores da Cunha para visitar a família, mas não sei se voltaria para ficar”, informa.
Aos que sonham em algum dia ir para a Austrália, a florense aconselha a ir de mente e coração aberto, estar preparado para lidar com a distância e a saudade da família e amigos, pesquisar muito sobre onde quer morar, o que vai fazer e, principalmente, ser resiliente, pois os altos e baixos são muito intensos. Como dica de lugar para visitar, Erica deixa uma das cidades mais famosas, Sydney.

Erica Giotti, de 24 anos, realizou seu sonho de morar na terra dos cangurus. - Arquivo Pessoal/ Divulgação  - Arquivo Pessoal/ Divulgação
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