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Cooperativa Vinícola Otávio Rocha comemora 93 anos da fundação

A primeira cooperativa de Flores da Cunha foi inaugurada no dia 30 de novembro de 1929

30 de novembro de 1929. Esta é a data de fundação da quarta cooperativa do Rio Grande do Sul e primeira de Flores da Cunha: a Cooperativa Vinícola Otávio Rocha.
Em 1910, o Rio Grande do Sul teve o primeiro movimento cooperativista, liderado pelo advogado italiano Giuseppe Stéfano Partenò. Mas, foi a partir do ano de 1929, que ele recomeçou, com o surgimento das primeiras cooperativas no RS: Cooperativa Forqueta, em Caxias do Sul, em 21 de agosto de 1929; Cooperativa Vinícola Emboaba, em Farroupilha, em 9 de novembro de 1929; Cooperativa São Victor, em Caxias do Sul, em 21 de novembro de 1929; e a Cooperativa Vinícola Otávio Rocha, em Flores da Cunha, em 30 de novembro de 1929 – há 93 anos.
Inicialmente chamada de Cooperativa Agrícola Octávio Rocha Ltda., 29 moradores se motivaram para a criação, graças à abundante produção vinícola da região. O prédio da cooperativa foi inaugurado em 20 de novembro de 1931, dois anos após a fundação.
Em 1937, uma séria crise assolou todo o setor e levou a opção por reunir cooperativas, sob o nome de Santo Antônio, e instalar uma nova sede em Caxias do Sul, perto da estação do trem. A Cooperativa de Otávio Rocha passou a integrar esse consórcio. 
Em 1958, com aprovação dos associados, os bens foram vendidos para a empresa João Slaviero & Cia Ltda. Slaviero tinha experiência na área de vinhos, ao administrar a Cooperativa de Otávio Rocha e também a Santo Antônio. Em 1961, é instalado o engarrafamento dos vinhos Slaviero, em Otávio Rocha. 
Com o encerramento das atividades da Slaviero, os prédios passaram a ser propriedade da União Federal e, posteriormente, foram repassados ao município de Flores da Cunha.
Conforme a administração municipal, “o complexo da Cantina Slaviero tem um valor muito significativo para o distrito de Otávio Rocha e para Flores da Cunha como um todo. O município possui cessão de uso gratuita do imóvel até 2037. Em maio deste ano, o prefeito César Ulian protocolou um ofício junto à Superintendência do Patrimônio da União do Rio Grande do Sul, do Ministério da Economia, com o intuito de solicitar a transferência de todo o imóvel, pois assim, com a doação sem encargos e domínio pleno do prédio, será possível executar, com recursos próprios, os investimentos necessários e significativos, os quais são fundamentais para a preservação do patrimônio”.
Neste ano, antes da realização da 14ª Festa Colonial da Uva – Fecouva e 4ª Festa do Moranguinho, o prédio recebeu pintura externa, qualificando o imóvel. De acordo com o prefeito municipal, César Ulian, a preservação do patrimônio material, por meio da requalificação dos edifícios que abrigaram a Cantina João Slaviero, é de interesse do poder público. “Entendemos que as benfeitorias são necessárias e fomentam o turismo da região, uma vez que o distrito possui a rota turística Otávio Rocha Vila Colonial, que é muito difundida e visitada por turistas dos mais diversos locais. Entre as melhorias sugeridas, o município avalia a possibilidade do prédio abrigar a subprefeitura do distrito, além de salas multiuso para a comunidade. Para isso, estamos desenvolvendo um projeto que necessita de posterior aprovação e autorização da Superintendência do Patrimônio da União do Rio Grande do Sul”, adianta o chefe do Executivo.

A chegada das primeiras uvas à Cooperativa. - Acervo pessoal família Slaviero/Divulgação
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