Expectativa é que Black Friday aumente em 10% as vendas no comércio de Flores da Cunha
Com a adesão crescente dos lojistas e novas estratégias de vendas, a Black Friday 2024 promete movimentar o comércio
A Black Friday está consolidada como uma das maiores datas comerciais do calendário nacional. Em Flores da Cunha, o fenômeno ganhou força nos últimos anos movimentando o comércio e atraindo consumidores em busca de promoções. A CDL de Flores da Cunha estima um crescimento de 10% nas vendas do varejo.
A tradição da Black Friday surgiu nos Estados Unidos. Oficialmente, as promoções acontecem no dia seguinte ao dia de Ação de Graças — sempre uma sexta-feira. Neste ano, será no dia 29 de novembro. No Brasil, a tendência foi adotada em 2010 e o evento se expandiu para a “Black Week” ou até a “Black Novembro”, com descontos que começam muito antes do dia oficial.
Em Flores da Cunha, já é possível ver lojas caraterizadas com o preto e amarelo costumeiros da Black Friday. Para muitas empresas, a data representa a chance de liquidar estoques, atrair novos clientes e impulsionar as vendas em um período menos movimentado para o comércio.
— Cerca de 85% dos consumidores estão planejando fazer alguma compra na Black Friday de 2024. Isso representa cinco pontos percentuais a mais do que no ano anterior. A estimativa de crescimento nas vendas é de 10% — afirma Jasser Panizzon, presidente da CDL de Flores da Cunha.
Para este ano, a expectativa é de que o comércio continue a se adaptar às novas tendências de consumo, que incluem uma combinação de vendas físicas e online.
— Estamos nos preparando com muita dedicação para a Black Friday, trazendo uma experiência especial tanto na nossa loja física quanto na virtual. Este ano, teremos descontos exclusivos durante todo o mês de novembro. Além disso, faremos um evento na nossa loja física, na sexta-feira, da Black Friday — afirma o CEO da BigWolf, Eduardo Soldatelli.
Nesse cenário, as lojas de Flores da Cunha têm buscado inovar e oferecer experiências diferenciadas para fidelizar os consumidores e aproveitar o potencial de uma data que se tornou importante para os varejistas.
— Com certeza a Black (Friday) traz muita lucratividade, como essa data já se tornou cultural, a mídia também nos ajuda muito a trazer o cliente para a loja. Estamos nos preparando com muitas ofertas focadas nos produtos que mais vendemos: tecnologia, móveis e linha branca — aponta Ivete Veronka, gerente da loja Becker.
"Queimam muito os preços"
Apesar das vantagens que muitos lojistas citam sobre a Black Friday, nem todos os setores compartilham da mesma opinião. Para alguns empresários, especialmente os que atuam em nichos específicos, a data pode representar desafios ao invés de oportunidades. Um exemplo vem do setor de suplementos, que enfrenta dificuldades com a dinâmica de preços e a grande concorrência, sobretudo no ambiente online.
— Para mim não é vantajoso, na verdade é até ruim. Tem lugares, principalmente na internet, que queimam muito os preços nessa data. Para o nosso negócio, acaba sendo ruim. Nós não temos como fazer Black Friday o ano inteiro — ressalta Otávio Zimermann, da Offz Suplementos.
Jasser explica que alguns setores se destacam nesta data e que há um alto índice de participação dos lojistas.
— Por mais que grande parte dos setores se envolva, os principais são vestuário, calçados, eletrônicos, utilidades, móveis e utensílios. A adesão dos lojistas tem sido cada vez maior. Dos estabelecimentos associados à CDL, mais de 70% pretendem realizar ação de Black Friday — diz.
Eduardo Soldatelli fala dos desafios de equilibrar os descontos e manter a rentabilidade na Black Friday.
— Um dos desafios para oferecer descontos atrativos e garantir a rentabilidade está em aplicar preços que sejam competitivos, sem comprometer nossa margem. Para sustentar a qualidade e a experiência dos clientes precisamos buscar um balanço entre descontos e o impacto que eles têm na nossa operação. A demanda na Black Friday é alta e, sem um planejamento, o risco de faltar produto ou gerar custos extras com reposição pode impactar a lucratividade — afirma o CEO da Big Wolf.
0 Comentários