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Nenhuma solução concreta foi apresentado durante a reunião, realizada na tarde de ontem, dia 23, para debater a redução em mais de 40% do efetivo da Brigada Militar de Flores da Cunha. A questão divulgada pelo jornal O Florense na semana passada fez com que autoridades municipais se reunissem para encontrar soluções para a falta de policiais. A pedido do prefeito municipal, Ernani Heberle, reuniram-se o capitão da BM local, Juliano André Amaral, o presidente do Consepro, Adilson de Oliveira, o promotor público, Stéfano Lobato Kaltbach, a delegada Aline Martinelli, mais vereadores municipais e representantes de entidades locais para avaliar a situação da segurança pública em Flores e projetar medidas para o próximo ano. No primeiro momento, o prefeito deixou claro o objetivo do encontro para que cada um assuma a sua responsabilidade na questão e "não fique nesse disque-disque por meio da imprensa". Ernani reforçou que apesar da previsão de R$ 50 mil para o Consepro em 2010, isso não significa que o valor será esse. "Podemos chegar aos R$ 100 mil, mas precisamos mobilizar a comunidade e não cabe apenas a mim, mas cada um precisa contribuir", destacou. O presidente do Consepro, Adilson de Oliveira, apontou que já recebeu um aval do Centro Empresarial para contribuir no custeio de uma viatura para a Polícia Civil. Oliveira também elencou algumas medidas que fazem parte de um projeto a ser divulgado pela entidade em janeiro. Entre as diretrizes do projeto estão a contratação de uma pessoa para captar recursos para o Consepro junto a iniciativa privada e a adoção, por parte das entidades, de uma viatura. "A situação está complicadíssima e precisamos arrecadar fundos. Uma das metas do projeto é envolver as entidades", disse. Nesse sentido, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Olir Schiavenin, se colocou à disposição para uma contribuição por parte do STR. "Vou conversar com a diretoria e o Sindicato vai colaborar com o Consepro", afirmou Olir. O comandante da 2ª Cia PM, capitão Juliano Amaral, sugeriu que o trabalho de arrecadação de verbas seja feito de forma voluntária e com a participação da BM. "É um problema nosso. Temos como captar pessoas para vir a Flores, mas precisamos do apoio no aluguel", frisou Amaral, que criticou a divulgação da notícia. Sugestões Entre as sugestões apresentadas para a falta de efetivo foi a organização de uma comissão para reivindicar junto ao Governo do Estado a vinda de mais policiais ao Município. "Além de buscar recursos, precisamos solicitar um efetivo maior junto ao comando estadual", apontou o promotor Stéfano Kaltbach. Por meio de uma carta, lida pelo vereador Alexandre Scortegagna (PP), o presidente do Legislativo, Felipe Salvador, solicitou a Prefeitura Municipal recursos públicos para serem investidos na entidade.