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Homenagens e legado do maior empresário de Flores da Cunha

Lourenço Darcy Castellan cumpriu a missão de levar a sua marca e, com ela, nossa cidade para o mundo

Em 18 de maio de 2021 a Florense completou 68 anos de história. Para marcar a data, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, de Porto Alegre, prestou uma importante homenagem ao fundador e Presidente Emérito da empresa, Lourenço Darcy Castellan, dando seu nome ao Teatro do Centro Histórico-Cultural da instituição, um reconhecimento pelo constante apoio da empresa aos projetos de desenvolvimento da Santa Casa.
“Lourenço Castellan, um imenso coração. Assim eu definiria Lourenço, um amigo de quase quatro décadas. 
Lourenço era habilidoso no uso de seu coração. Sua generosidade, seu sorriso acolhedor, sua sensibilidade para as causas sociais fez dele um gigante, modesto, simples e envolvente. Fui testemunha de suas inúmeras ações de apoio à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Foram tantos ambientes valorizados pela presença de móveis Florense, doados por ele, que terminamos por homenageá-lo dando o seu nome ao Teatro da Santa Casa, hoje importante centro cultural do nosso estado... Teatro Lourenço Darcy Castellan e seu imenso coração”, escreveu o Dr. Fernando Antônio Lucchese, lamentando a perda do empresário. 
A morte do visionário provocou enorme comoção na Serra Gaúcha. Diversos políticos, empresários e representantes de entidades compartilharam o sentimento de luto, com mensagens de apoio aos familiares e amigos, por meio das redes sociais. Alguns escreveram para O Florense falando sobre o legado que ele deixará para as próximas gerações. 
“Lourenço Darcy Castellan foi um grande visionário, um homem à frente do seu tempo. Sua história, ao fundar a Florense aos 23 anos e fazê-la tornar-se referência no setor moveleiro mundial, nos inspira a perseguir nossos objetivos e sonhos. Empreendedor nato, seu Lourenço deixa um legado empresarial, familiar e de bem comum que jamais será esquecido. Além da notável trajetória profissional, seu envolvimento com a comunidade e em projetos sociais consolidam o exemplo de líder e cidadão que será para sempre lembrado por todos nós”, ressaltou o prefeito municipal, César Ulian. 
A administração municipal de Nova Pádua lamenta a imensurável perda: “O Lourenço Castellan foi um empreendedor visionário, transformando a Móveis Florense em uma das maiores do Brasil e com forte presença no exterior.  Era um empresário corajoso e talentoso, que enfrentou e superou as crises que se apresentavam. Castellan era um cidadão reconhecido pelos seus feitos no setor moveleiro e projetos pessoais, ações sociais, além de sua brilhante conduta de trabalho, serenidade e competência, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento de toda a Serra Gaúcha”, destacou o prefeito de Nova Pádua, Danrlei Pilatti.         
“O seu Lourenço deixa um legado de simplicidade e inspiração para diversas gerações de empresários e executivos, graças ao seu exemplo de superação, ao longo de toda a vida, sem nunca se esquecer da causa social e da comunidade de Flores da Cunha, honrando e elevando o nome da cidade aos mais altos postos, orgulhando a todos. Como um dos membros que participaram do Conselho Deliberativo do Centro Empresarial de Flores da Cunha por 24 anos, desde a fundação da entidade, o sentimento de perda é inevitável, mas fica o agradecimento e a gratidão por tantos anos de dedicação e contribuição à causa”, lembrou o presidente do Centro Empresarial de Flores da Cunha, Gilberto Boscato. 
“Lourenço deixa um legado importante para o segmento lojista. Nascido de uma família humilde, em Flores da Cunha, nos anos 1930, construiu uma grande trajetória empresarial, vindo a erguer a maior loja de móveis do país com mais de dois mil metros quadrados, e esse empreendedorismo orgulha nosso município”, frisou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Jásser Panizzon.
“Além do que muitos já disseram, Lourenço Castellan foi um professor, um conselheiro e um apoiador de inúmeros empreendimentos, sejam eles do mundo dos negócios, da cultura ou comunidade. Soube construir um negócio sólido, manteve sempre boas relações, projetou a cidade junto com a empresa Florense. Por isso, ele é exemplo e inspiração para muitos empreendedores”, enfatizou o diretor do Jornal O Florense, Carlos Raimundo Paviani. 
Quem teve um relacionamento mais próximo com Lourenço revela um pouco de como ele era com os amigos: “A gente teve uma vivência e uma amizade muito saudável, especialmente no período político. Sendo vereador ou vice-prefeito sempre foi uma pessoa muito atenciosa para o município. Tinha uma visão, para a época, diferente sobre negócios. Talvez isso tenha dado o destaque empresarial que ele sempre teve. Recordo das inaugurações, da facilidade que tinha em negociar com os governos superiores. Muitas vezes ficávamos até tarde da noite para resolver os problemas que eram precisos. Na política também teve sempre muita honra e lealdade, fatores em falta no dia de hoje. Sempre que ele me encontrava dava gargalhadas da vez que, com um abraço, quebrei as costelas de um superintendente do Banrisul. Passamos por vários momentos importantes, para muitos ele foi o maior empresário de Flores da Cunha. Para mim, restam as boas e simples lembranças que tivemos juntos. Apesar da responsabilidade ele era uma pessoa muito alegre e companheira em sua intimidade”, lembrou, carinhosamente, Élio Caetano Salvador, que atuou como vereador na Câmara florense, ao lado de Castellan. 
Na vida privada e pública Lourenço Darcy Castellan cumpriu a missão de levar a sua marca e, com ela, a cidade de Flores da Cunha para o mundo. Sua perda representa muito mais do que a perda de um cidadão florense, mas sim, de alguém que tanto fez e continuará fazendo pelo município e pelas pessoas, por meio de seu brilhante e eterno legado. 

Fontes consultadas: Arquivo O Florense, site Hemeroteca Digital – BNDigital, site revista Afrodite, Gaúcha ZH/Pioneiro, site Móveis de Valor, livro “Lourenço Castellan: um nome que faz a diferença”, trailler do documentário “Lourenço Castellan: O Homem que construiu um Castelo”, sites da Câmara Municipal de Flores da Cunha e da Prefeitura Municipal de Flores da Cunha. 
 

Composição da Câmara de Vereadores de Flores da Cunha de 1964 a 1969, em pé: Francisco Caldart, Élio Caetano Salvador, Olindo Carlos Toigo e Pedro Rossi. Sentados: Benedeto Ferrarini,  Lourenço Darcy Castellan e Claúdio Rugero Bedin. - Arquivo O Florense
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