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Não é de hoje que o saneamento básico é uma das principais reivindicações para a saúde da população. Flores da Cunha possui uma única rede pública (cloacal e pluvial) e a falta de infraestrutura desta rede, principalmente no Loteamento Monte Belo, causava diversas queixas de moradores do bairro São Cristóvão, pelo mau cheiro. Ali, a rede cloacal e pluvial desemboca em um terreno baldio, onde não há infraestrutura adequada.

Em virtude disso, a prefeitura realiza os trabalhos da primeira etapa de ligação da tubulação da rede pluvial do loteamento. O município fez um acordo com o proprietário do terreno, quase na divisa com o bairro São Cristóvão, que permitirá a construção de 300 metros de tubulação, que será ligada a atual rede pública do loteamento. A canalização será realizada nas cinco primeiras ruas do loteamento, no lado direto: Rua das Quaresmas, Rua dos Coqueiros, Rua das Figueiras, Rua dos Louros e Rua das Araucárias. No primeiro momento está sendo realizada a limpeza do terreno, para posteriormente iniciar a terraplenagem e colocação dos tubos. O investimento é de aproximadamente R$ 98 mil. O prazo máximo para a empresa concluir a obra é quatro meses.

Conforme a secretária de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Ana Paula Ropke Cavagnoli, um quarto do loteamento será canalizado, aquele que mais tinha reclamações pelos fortes odores. “Através do Fundo Municipal de Gestão Compartilhada do Saneamento começamos as obras de canalização de uma das caídas do Monte Belo e faremos a ligação até a entrada de São Cristovão, na rede pública”, afirma. De acordo com Ana Paula o bairro teve que se adaptar a novas legislações na metade de sua construção, ficando alguns pontos a desejar, sendo a canalização uma delas. “Mas, se cada moradia realizasse a limpeza da fossa e filtro não haveria metade das reclamações de mau cheiro. É preciso que cada um faça a sua parte”, ressalta a secretária.  Por isso, com a chegada da nova rede será essencial a manutenção e limpeza das fossas e filtros residenciais para evitar a proliferação de mau cheiro e insetos.

Em 2014, o Jornal O Florense fez uma reportagem sobre o mesmo assunto e, de lá pra cá, pouca coisa mudou. A Câmara de Vereadores sempre reivindicou o caso, que foi lembrado pelo presidente da Câmara, Moacir Ascari, na última sessão do mês de outubro. “Ao longo desse período a Câmara sempre teve a preocupação em solucionar o problema cobrando do poder executivo as alterações necessárias para evitar mau cheiro e a proliferação de animais, para resolver os problemas das famílias”, destaca o presidente da Câmara.