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A atriz florense Maria Della Costa voltou a solo gaúcho para receber a comenda Porto do Sol, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Além da entrega da honraria, foi aberta uma exposição de fotos, realizado um recital e projetados documentários sobre a vida e a obra da florense, radicada no Rio de Janeiro. A solenidade, realizada na noite de ontem, dia 12, na Capital, foi iniciativa do vereador Sebastião Melo (PMDB). A mostra, aberta até 20 de novembro no Legislativo da Capital (Avenida Loureiro da Silva, 255, no Centro), inclui imagens do acervo pessoal da atriz, com fotos desde sua infância, em Flores da Cunha, passando pela carreira de modelo, até seus trabalhos em teatro, televisão e cinema. O material foi organizado pelo gabinete do vereador, pelo Memorial da Casa e pelo Núcleo de Produção Audiovisual de Flores da Cunha (NPAV) – Espaço Maria Della Costa. Após a entrega da comenda foi apresentado o recital Maria Della Costa, dirigido por Caco Coelho e organizado por Rosa Campos Velho, no Teatro Glenio Peres, na Câmara. As atrizes Fernanda Petit, Tânia Farias, Fernanda Carvalho Leite, Arlete Cunha e Ida Celina interpretaram trechos de peças das quais Maria participou, como O Canto da Cotovia, A Alma Boa de Setsuan, A Moratória, Depois da Queda e Gimba. Em seguida, foram exibidos os vídeos Entre todas as Marias, dirigido por Juliano Carpeggiani e produzido para a inauguração do NPAV; e Para Maria, com amor, que inclui trechos inéditos do longa com estréia prevista para 2010 sobre a atriz (realização da Supernatural Filmes e direção de Carpeggiani). Ainda ontem, na Capital, Maria lançou, à tarde, o livro Uma empresa e seus segredos – Companhia Maria Della Costa (1948-1974), da pesquisadora e crítica teatral Tânia Brandão. A apresentação da obra integrou a programação da Feira do Livro. A atriz Gentile Maria Marchioro Della Costa Polloni, ou Maria Della Costa, 83 anos, é natural de Flores da Cunha. Nasceu em 1º de janeiro de 1926 e é considerada uma das mais importantes atrizes do teatro brasileiro. Ela também participou de novelas como Beto Rockfeller (1968), Estúpido Cúpido (1976), Te Contei (1978) e Sétimo Sentido (1982). Protagonista da primeira peça de Bertolt Brecht no Brasil, ela encenou García Lorca, Sartre, Nelson Rodrigues e Plínio Marcos. Maria começou a trabalhar aos 14 anos e foi lançada como modelo na revista Globo. Seu primeiro trabalho no teatro foi uma ponta na peça A Moreninha. Depois de estudar teatro em Lisboa (Portugal), ingressou no grupo Os Comediantes, vanguarda do teatro carioca, quando conheceu o marido, Sandro Polloni (falecido em 1995). Juntos, criaram uma companhia chamada inicialmente de Teatro Popular de Arte. Devido a dificuldades de estabilidade no Rio, o conjunto migrou para São Paulo, onde inauguraram, em 1954, o Teatro Maria Della Costa. O espaço foi vendido em 1978. Em 1992 Maria deixou os palcos para administrar seu hotel na cidade litorânea de Paraty (RJ).