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Melhores Vinhos pode ter mais de uma edição em 2025

Formato que agradou em 2024 gera projeções de ampliação para o próximo ano

O novo formato festival dos Melhores Vinhos de Flores da Cunha foi considerado um sucesso. Tanto que a prefeitura já projeta a realização de duas edições no próximo ano. A proposta será apresentada às vinícolas e entidades parceiras em uma reunião na próxima terça-feira (3).

— Acho que é mais sobre quantos (eventos) do que sobre se vai ter (um novo evento em 2025). O público presente no festival nos deu um feedback positivo, dizendo que precisamos ter mais eventos como o que realizamos. Nós temos que cuidar bem desse produto. Vamos escolher junto das vinícolas se fazemos mais do que um evento e como faremos eles — projeta o secretário Tiago Mignoni, de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação.

Realizado ao ar livre no Parque da Vindima Eloy Kunz, no último sábado e domingo (24),  o formato festival reuniu 27 vinícolas que ofereceram mais de uma centena de rótulos de vinhos, espumantes e sucos. Atrações musicais e opções de gastronomia completaram os atrativos para os visitantes.

O formato que valoriza o turismo e é capaz de atrair novos públicos agradou as vinícolas participantes. O presidente da Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes, Felipe Bebber, defende a permanência do novo formato.

— Esse formato conseguiu unir qualidade, integração e acessibilidade. Acreditamos que o modelo atual traz maiores benefícios às vinícolas e ao público. O festival valoriza o trabalho coletivo e fortalece o enoturismo, destacando a qualidade dos vinhos, espumantes e sucos locais de maneira mais inclusiva e engajadora — avalia o presidente da Associação que 11 teve vinícolas participantes no festival.

Proposta é a premiação voltar no próximo ano

A ideia da Secretaria de Turismo é ter dois festivais semelhantes ao Melhores Vinhos, um no início do ano (possivelmente relacionado a Vindima) e outro no início do verão. O formato de união das vinícolas, que combina com o título de "Maior Produtor de Vinhos do Brasil", também é estudado para outros eventos, como o tradicional Corpus Christi.

Mignoni menciona a importância de diversificar as atrações e aproveitar as oportunidades sazonais para fortalecer o turismo e a cultura do vinho. O foco é ampliar as ofertas.

— Temos que pensar um produto de inverno. O prefeito César (Ulian) já tinha esse pedido neste primeiro mandato. Temos que pensar em algo mais estilo celebrativo, mais festa mesmo, que a gente se inspire na Noite Italiana (de Antônio Prado), na Festiqueijo (de Carlos Barbosa), e quem sabe venhamos a ter um festival assim — projeta.

Para ter um calendário mais cheio, o secretário também defende a retomada do formato avaliação municipal dos Melhores Vinhos já em 2025. O jantar de premiação seria um encontro anual do setor e uma prévia para o formato festival.

— Vamos se debruçar com as vinícolas quanto a isso (retorno do antigo formato). O concurso tem seu valor. Quem sabe podemos ter a avaliação, o jantar de premiação, o festival. Talvez, o nosso futuro seja fazer tudo — aponta Tiago Mignoni.

Avaliação

Apesar dos elogios ao festival, há quem defenda o retorno do modelo tradicional ou até mesmo uma combinação entre os dois. Para esses produtores, premiar os melhores vinhos confere maior visibilidade e reconhecimento, além de destacar inovações e apresentar produtos específicos, que incentivam uma competitividade saudável entre as vinícolas. 

— O formato de antes (concurso), era mais democrático com o setor. Empresas que não tem uma visibilidade tão grande, nesse formato (festival) perdem oportunidade. Alguém que está ingressando no mundo dos vinhos tem uma dificuldade maior de se enquadrar. O formato de antes tem o seu brilho — defende Moisés Giacomin, da Vinhos Hortência.

Para Ricardo Pagno, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua (STR), a combinação do formato deste ano com o concurso de vinhos seria o ideal. Ele pondera que a premiação dos melhores vinhos poderia ser resgatada e realizada de forma mais discreta. 

— Foi muito positivo esse formato festival, que teve uma boa participação do público e das vinícolas e o lugar também ficou bom para as atrações. É um festival que pode acontecer até duas edições por ano. Mas, acredito que também deva acontecer o concurso, na forma de premiação dos melhores vinhos. Cada vinícola, no próprio festival, poderia colocar o vinho premiado com a medalha que recebeu. Não precisaria nem fazer o momento de entrega dessa premiação — sugere Ricardo.
 

 - Klisman Oliveira
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