Municipal de Campo é cancelado pela 3ª vez em 40 anos
Decisão foi tomada pela prefeitura depois que apenas três clubes manifestaram interesse na competição
A 3ª edição do Campeonato Interbairros de Flores da Cunha, programada para encerrar domingo, dia 20 de outubro, é a última competição masculina de futebol de campo prevista para 2013. E ainda restam mais de dois meses para o final do ano. Isso acontecerá porque, depois de várias reuniões promovidas pelo Departamento Municipal de Desporto (DMD), o principal campeonato do município não será realizado em 2013. A decisão foi tomada no começo da semana pelo diretor do DMD, Darci Cavagnoli, e pelo prefeito Lídio Scortegagna (PMDB), que tentaram, em vão, a manutenção do torneio.
Na semana passada, apenas três equipes manifestaram interesse em participar do Municipal. Este será o terceiro cancelamento desde o início da competição, em 1972. A primeira interrupção ocorreu em 1973, por problemas ocorridos com a organização no ano anterior, e a segunda foi em 1998, também em razão do número reduzido de interessados.
Com o objetivo de salvar o evento do próximo ano e tentar reestruturar o calendário esportivo de 2014, o DMD promoverá em breve um seminário voltado ao esporte no qual serão discutidas formas e estratégias para realização de atividades no município.
Histórico
O Campeonato Municipal de Futebol de Campo, que em determinada época chegou a ter mais de 30 participantes, vem perdendo fôlego a cada ano. Nas últimas duas décadas, após a emancipação de Nova Pádua, o torneio com o maior número de participantes foi disputado em 2009, com 28 equipes, sendo 15 na categoria Principal e 13 na Suplentes. Em 2012 somente 16 times (10 na Principal e seis na Suplentes) disputaram a competição. E isso não ocorre por falta de atletas.
Se for considerado o número de equipes que neste ano disputaram os campeonatos de Juniores (oito) e de Veteranos (nove), além dos jogadores na faixa etária de 22 a 34 anos (que não participaram de nenhum destes campeonatos), Flores da Cunha teria condições de colocar em campo mais de 30 times. Dos 13 campeões municipais destas quatro décadas, excluindo Paredes e Paduense (ambos de Nova Pádua), apenas o Esperança, vencedor das duas últimas edições, pretendia disputar o torneio. Por outro lado, os dois maiores colecionadores de títulos, Cruzeiro (14) e São Cristóvão (oito) estão fora da disputa há pelo menos três anos.
Municipal Feminino
Cinco equipes iniciam na noite deste sábado, dia 19, a corrida em busca do título do Campeonato Municipal de Futebol de Campo Feminino de Flores da Cunha. O torneio terá a participação das equipes Asa Branca, Cruzeiro, J.A., Juvenil e União Feminina/Nova Era. Na primeira fase as equipes se enfrentam em turno único, classificando-se à final as duas primeiras colocadas. Os jogos serão disputados aos sábados à noite com rodada dupla no Estádio Municipal Homero Soldatelli. Na abertura da rodada, às 19h30min, jogam Juvenil x J.A. e, às 21h30min, Cruzeiro x União Feminina/Nova Era.
Opiniões
“Nos últimos anos a mentalidade das pessoas mudou e as comunidades estão priorizando investimentos na estruturas da localidade para que os moradores usufruam das benfeitorias em vez de gastar com futebol. Além disso, o futebol está perdendo o interesse porque as pessoas que se envolvem no comando são sempre as mesmas.” Darci Cavagnoli, diretor do DMD.
“O campeonato vem se arrastando há anos e chegou a esse ponto porque não há um vinculo dos jogadores com os clubes. Fica difícil cada ano correr atrás de montar a equipe, e os jogadores se oferecendo em forma de pacotes. Também precisa dar mais responsabilidade aos clubes nas despesas de arbitragem. Depois que a prefeitura passou a pagar tudo, piorou.” Dante Conz, presidente do São Cristóvão (clube oito vezes campeão).
“São muitos campeonatos num mesmo período, e quem faz o futebol na comunidade são sempre as mesmas pessoas. É preciso priorizar o Campeonato Municipal e organizá-lo sem outras competições paralelas. Além disso, o calendário esportivo tem de ser reestruturado.” Leandro Rigo (Metralha), presidente do CER Cruzeiro (equipe 14 vezes campeã).
“O nosso foco foi sempre pensando em disputar o Municipal, coisa que outros não tiveram. Nós tínhamos duas equipes montadas, Suplentes e Principal, por isso muitos correram de nós. Acho que falta organização aos dirigentes. O Campeonato Municipal deve ser prioridade.” Jair Dalla Rosa, presidente do EC Esperança (vencedor das últimas duas edições).
Na semana passada, apenas três equipes manifestaram interesse em participar do Municipal. Este será o terceiro cancelamento desde o início da competição, em 1972. A primeira interrupção ocorreu em 1973, por problemas ocorridos com a organização no ano anterior, e a segunda foi em 1998, também em razão do número reduzido de interessados.
Com o objetivo de salvar o evento do próximo ano e tentar reestruturar o calendário esportivo de 2014, o DMD promoverá em breve um seminário voltado ao esporte no qual serão discutidas formas e estratégias para realização de atividades no município.
Histórico
O Campeonato Municipal de Futebol de Campo, que em determinada época chegou a ter mais de 30 participantes, vem perdendo fôlego a cada ano. Nas últimas duas décadas, após a emancipação de Nova Pádua, o torneio com o maior número de participantes foi disputado em 2009, com 28 equipes, sendo 15 na categoria Principal e 13 na Suplentes. Em 2012 somente 16 times (10 na Principal e seis na Suplentes) disputaram a competição. E isso não ocorre por falta de atletas.
Se for considerado o número de equipes que neste ano disputaram os campeonatos de Juniores (oito) e de Veteranos (nove), além dos jogadores na faixa etária de 22 a 34 anos (que não participaram de nenhum destes campeonatos), Flores da Cunha teria condições de colocar em campo mais de 30 times. Dos 13 campeões municipais destas quatro décadas, excluindo Paredes e Paduense (ambos de Nova Pádua), apenas o Esperança, vencedor das duas últimas edições, pretendia disputar o torneio. Por outro lado, os dois maiores colecionadores de títulos, Cruzeiro (14) e São Cristóvão (oito) estão fora da disputa há pelo menos três anos.
Municipal Feminino
Cinco equipes iniciam na noite deste sábado, dia 19, a corrida em busca do título do Campeonato Municipal de Futebol de Campo Feminino de Flores da Cunha. O torneio terá a participação das equipes Asa Branca, Cruzeiro, J.A., Juvenil e União Feminina/Nova Era. Na primeira fase as equipes se enfrentam em turno único, classificando-se à final as duas primeiras colocadas. Os jogos serão disputados aos sábados à noite com rodada dupla no Estádio Municipal Homero Soldatelli. Na abertura da rodada, às 19h30min, jogam Juvenil x J.A. e, às 21h30min, Cruzeiro x União Feminina/Nova Era.
Opiniões
“Nos últimos anos a mentalidade das pessoas mudou e as comunidades estão priorizando investimentos na estruturas da localidade para que os moradores usufruam das benfeitorias em vez de gastar com futebol. Além disso, o futebol está perdendo o interesse porque as pessoas que se envolvem no comando são sempre as mesmas.” Darci Cavagnoli, diretor do DMD.
“O campeonato vem se arrastando há anos e chegou a esse ponto porque não há um vinculo dos jogadores com os clubes. Fica difícil cada ano correr atrás de montar a equipe, e os jogadores se oferecendo em forma de pacotes. Também precisa dar mais responsabilidade aos clubes nas despesas de arbitragem. Depois que a prefeitura passou a pagar tudo, piorou.” Dante Conz, presidente do São Cristóvão (clube oito vezes campeão).
“São muitos campeonatos num mesmo período, e quem faz o futebol na comunidade são sempre as mesmas pessoas. É preciso priorizar o Campeonato Municipal e organizá-lo sem outras competições paralelas. Além disso, o calendário esportivo tem de ser reestruturado.” Leandro Rigo (Metralha), presidente do CER Cruzeiro (equipe 14 vezes campeã).
“O nosso foco foi sempre pensando em disputar o Municipal, coisa que outros não tiveram. Nós tínhamos duas equipes montadas, Suplentes e Principal, por isso muitos correram de nós. Acho que falta organização aos dirigentes. O Campeonato Municipal deve ser prioridade.” Jair Dalla Rosa, presidente do EC Esperança (vencedor das últimas duas edições).
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