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Prateleiras virtuais

Acervo de mais de três mil livros da Odisseia do Conhecimento agora pode ser acessado pela internet

A pandemia trancafiou o mundo em casa. Nesse momento de reclusão, a leitura passou a ser uma companheira ainda mais atraente. Porém, o vírus também fechou as portas das bibliotecas públicas e, mesmo com a volta às aulas, os acervos das escolas permanecem inacessíveis aos alunos. Foi pensando nisso que a Odisseia do Conhecimento se agilizou para disponibilizar os seus mais de três mil títulos online, que podem ser retirados em uma espécie de drive-trhu.
Realizada pela primeira vez no dia 15, a entrega das encomendas literárias acontece aos sábados, das 10h ao meio dia, na sede da entidade, na Rua Andrade Neves, junto ao Estádio Homero Soldatelli. Antes, é possível conferir os títulos disponíveis para empréstimo pela plataforma Biblivre (bit.ly/biblioteca_odisseia) e realizar a reserva através do Whatsapp (54) 9.9700.7277, outra novidade lançada nos últimos dias.
Esse sonho, no entanto, é antigo: tornar o acervo público na internet era um plano dos voluntários antes mesmo da pandemia. Em novembro de 2019, a Odisseia do Conhecimento inaugurou a sua sede física, concedida pela prefeitura municipal e reformada com a ajuda de cerca de 40 patrocinadores. O objetivo era expandir o projeto, que antes se restringia aos alunos de 15 escolas de Flores da Cunha e uma em Nova Pádua, para a comunidade em geral, além de ser local para atividades, oficinas, palestras e workshops literários.
Para centralizar o acervo – parte espalhado pelos colégios, parte nas casas dos voluntários – o grupo recolheu os livros, no fim daquele ano, a fim de cadastrá-los e disponibilizá-los ao público no ano seguinte. Mas o vírus impossibilitou a ideia de sair do papel e aumentou a necessidade de torná-la digital. “Intensivamos o cadastramento para poder abrir de forma organizada, respeitando as normas de saúde. Mas também é preciso cuidar da mente. É um momento muito propício para a leitura”, comenta o presidente, Maico Vinícius Ferraz de Lima. 
A odisseia pelo cadastramento contou com a orientação de uma bibliotecária profissional, o esforço dos voluntários e de uma pessoa especialmente contratada para acelerar o serviço. “Queremos que o cadastro funcione quase em tempo real para que nós não tenhamos livros incapazes de ser retirados”, diz o presidente da entidade, que ainda tem cerca de 1,5 mil títulos esperando cadastramento.
Mesmo assim, a ideia é tornar o acervo cada vez maior. Aos sábados, a comunidade também está livre para fazer doações na sede, além dos locais já tradicionais de coleta: Anima Sana Saúde Integral, Master Escola de Música, College English School e JFM Contabilidade. Quando as aulas presenciais se normalizarem, o intuito é reativar as estantes nas escolas, cuidadas por alunos e professores voluntários, que chegaram a somar cerca de 200 pessoas.
Uma proporção enorme para um grupo de leitura que começou com cinco amigos. “Nós queremos levar para as pessoas a transformação que ler fez nas nossas vidas. A leitura ilumina, transforma. Nos resgata da situação onde estamos, nos leva para dar uma volta e ver que o mundo é maior do que a realidade onde estamos inseridos”, explica Maico.

 - Divulgação
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