Geral

São Cristóvão: um dos bairros mais antigos e o maior territorialmente

Dentro de suas limitações, uma antiga reivindicação, o asfalto da Estrada Velha, está quase pronto

O bairro São Cristóvão é um dos mais antigos de Flores da Cunha e o de maior extensão territorial, com mais de 200 hectares. Antes da promulgação da Lei dos Bairros, a localidade era considerada uma capela do município, integrando os travessões Esmeralda e Garibaldi. O local começou a receber seus primeiros moradores por volta de 1888. A construção de uma igreja maior, a atual, ocorreu em 1949. Antes disso, existia um capitel em honra a São Pedro, que estava ligado à fé desses primeiros moradores – motivo pelo qual a antiga Cooperativa São Pedro, inaugurada em 1930 e considerada a maior cantina de vinhos da região na época, tinha esse nome –, hoje o local ainda abriga uma das unidades da maior cooperativa da região – a Nova Aliança. 
Conforme a moradora Amélia Zamboni Fontana, 88 anos, existia um capitel no local onde hoje se encontra a torre da Igreja, e a escola antiga –  Horácio Borghetti. “Depois que foi se construindo a comunidade”, conta ela. 
A mudança do padroeiro, de São Pedro para São Cristóvão, deve-se à Anúncio Curra, dono do primeiro ônibus de Nova Trento, que havia prometido doar a imagem do protetor dos motoristas à primeira localidade que surgisse. Até hoje, a comunidade se dedica à tradicional procissão em honra a São Cristóvão que ocorre, desde 1948, no mês de março. “Quando tinha as festas, eu sempre fui ajudar, trabalhar, fazer os biscoitos, fazer agnolini. Para fazer agnolini sempre tinha umas 100 pessoas que iam na comunidade trabalhar. Quando eu casei, fizemos o almoço lá, na escolinha antiga”, relembra Amélia. 
Sobre a comunidade, Amélia lembra que antigamente “era tudo estrada de chão e famílias, tinham poucas”, destacando que a maioria continua na comunidade. “Todos os meus filhos moram aqui perto. E isso aconteceu com as outras famílias também. Ficamos todos juntos”. 
Um dos filhos de Amélia, Roberto Fontana, 66 anos, que atua na diretoria da comunidade, destaca que o local cresceu bastante, mas sempre manteve a união. “Fomos fazendo modificações na comunidade. Aumentamos o salão, construímos as salas de catequese e a moradia do caseiro, revitalizamos os nossos espaços”, destaca Fontana que elenca que uma das dificuldades é encontrar pessoas para assumir estes cargos no bairro. “Eu fiquei 15 anos dentro da comunidade e todos os anos sempre foi difícil achar gente”, relata. Para ele, a constituição de novas comunidades religiosas bem próximas também fez com que as pessoas se dividissem, como é o caso do bairro São Pedro e também do Loteamento Monte Belo, que integra o bairro São Cristóvão. “O povo teria que se conscientizar que todo mundo tem que ajudar”, finaliza.
O bairro está recebendo uma conquista bastante esperada pela população: o asfalto da Estrada Velha, inserida dentro do perímetro territorial da comunidade. Nos próximos dias a pavimentação asfáltica estará concluída, faltando apenas a sinalização. 

Loteamento Monte Belo
Dentro dos limites geográficos do bairro São Cristóvão, está o loteamento Monte Belo. Com acesso via prolongamento da Avenida 25 de Julho, na entrada Sul da cidade, o loteamento é formado basicamente por residências. Possui um salão comunitário dedicado a Santo Expedito, além de uma praça na Rua Papa João Paulo II, que conta com parque infantil, área de lazer e quadra esportiva. Em 2017, sua estimativa populacional era de 500 habitantes, tendo poucos comércios, indústrias e serviços.

Comunidade de São Cristóvão é uma das mais  antigas de Flores da Cunha. - Gabriela Fiorio
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário