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Segue em andamento a coleta de dados para o Censo Demográfico

Entre as dificuldades enfrentadas pelos recenseadores está a de encontrar a população florense em casa

Desde o dia 1º de agosto, 22 recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estão passando pelos domicílios do município a fim de coletar dados sobre a população de Flores da Cunha e sua condição de vida. Para isso, a cidade foi dividida em diversas sessões, nas quais cada profissional fica responsável por aplicar um questionário – sobre temas como educação, trabalho, renda, cor ou raça, entre outros – aos setores que foi designado.
De acordo com a Agente Censitária Municipal, Janaína dos Ouros, as cidades de Flores da Cunha e Nova Pádua, juntas, foram divididas em 70 áreas, das quais 28 estão com a coleta de dados em andamento – ainda não é possível dizer, em porcentagens, quanto já foi coletado. A agente ainda explica que, os munícipes  que não são encontrados em casa estão sendo notificados. “Desde a primeira vez que o recenseador não encontra o morador, ele deixa um bilhetinho com o nome dele e o número de seu crachá, para mostrar que realmente foi alguém do IBGE, e também deixa um telefone para o qual essa pessoa pode ligar e informar o melhor horário que estará em casa”, explica, ao mesmo tempo em que relata que existe a possibilidade de preencher o questionário por meio da internet, no qual o próprio morador poderá responder do conforto de sua casa. “Importante ressaltar que se a pessoa optar pela internet, o recenseador tem que ser atendido, porque é ele quem vai direcionar uma senha para poder responder pela internet” informa.
A coleta de dados do Censo Demográfico tem previsão de término no dia 31 de outubro, porém, ainda não se sabe ao certo se irá se concretizar até lá. “Tudo leva a crer que a gente consiga fazer até outubro, mas, dizer com precisão não conseguimos; até pela questão de pandemia, muitas pessoas estão ausentes, trabalhando em outros locais, então se torna um pouquinho complicado, mas a previsão é tentar seguir o calendário”, informa Janaína.
Entre os recenseadores que tentam cumprir a programação, está o florense Deoclides José Triaca, 63 anos, que iniciou o seu segundo setor na última semana, no bairro São José: “Recém terminei um setor, nessa área eram 12 quadras e nelas foram registradas quase 800 pessoas”, relata, ao mesmo tempo em que informa que, muitas vezes, um profissional faz um lado da quadra e o outro lado é de responsabilidade de outra pessoa: “isso acontece devido a divisão dos setores”, explica.
Conforme Triaca uma das dificuldades que vem sendo enfrentadas pelos agentes do IBGE, nesses 47 dias de trabalho, é a questão de a comunidade não conhecer muitos dos que estão passando pelos domicílios. “O pessoal fica com receio por não conhecer, mas não precisa ter dúvida, desde que o recenseador esteja com o colete, a identificação e o DMC na mão. A comunidade pode ter certeza que o pessoal está fazendo um trabalho de honestidade, afinal de contas, o IBGE pertence ao governo federal”, relata, pedindo para que a população de Flores da Cunha receba bem esses profissionais. “Tem pessoas novas, mas são treinadas para isso, não precisa ter medo, porque o objetivo do censo é só um: saber a quantidade da população infantil, jovem, adulta e idosa”, esclarece o florense.
Outro problema notado pelo recenseador é encontrar a população em casa: “A dificuldade que estamos encontrando é justamente a ausência do pessoal nas residências. Sabemos que a maioria sai de manhã cedinho e volta à noite, então estamos procurando fazer esse trabalho no final da tarde e nos sábados e domingos, que é o horário que normalmente estamos encontrando a população em casa”, informa.  Ainda segundo Triaca, em alguns casos, os agentes têm se deslocado até o trabalho da pessoa, quando não há problema de conceder a entrevista nesse local.
O florense também destaca que, tanto as pessoas de idade quanto os jovens, são bem esclarecidos e receptivos, mas, claro, existem exceções: “Tem alguns casos, lógico que isso vai acontecer, mas, no contexto geral, sem problema nenhum”, revela.
Vale ressaltar que os 22 recenseadores atuantes no município estão identificados pelo colete do IBGE, que possui um crachá com QR Code, o qual a população pode escanear e obter todos os dados do agente censitário. Outra forma de consulta é ligar para o número 0800, que também está informado no crachá. 

Deoclides José Triaca, de 63 anos,  é um dos 22 recenseadores do IBGE em Flores da Cunha. - Gustavo Tamagno
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