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Você já imaginou um cavalo dentro de uma escola? O Projeto Cavalo Crioulo nas Escolas é desenvolvido pelo Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos dos Vinhedos e ocorre sempre no mês de setembro, durante os Festejos Farroupilha, levando um exemplar do animal para que os jovens, que são o futuro do tradicionalismo, conheçam um pouco do animal que é símbolo e patrimônio cultural do Estado. Pelo primeiro ano, Flores da Cunha foi contemplada pelo projeto e os alunos dos 1º, 2º e 3º anos da Escola Interativa receberam a visita do animal e de representantes da entidade.

De acordo com o médico veterinário florense, Attílio Panizzon Santini, que faz parte da iniciativa, o projeto tem como intuito levar o cavalo crioulo, por meio do viés cultural e educacional, para as crianças que, de outra forma, não teriam acesso a esses animais. “É surpreendente ver o olhar das crianças para o cavalo e a quantidade de perguntas que elas têm. Dar resposta a estas curiosidades sobre a nossa cultura é o que nos incentiva a continuar o projeto no município”, ressalta. O cavalo crioulo é símbolo oficial do Rio Grande do Sul desde 2002.

Sobre o cavalo crioulo

O cavalo crioulo tem sua origem nos equinos espanhóis, trazidos da península ibérica no século 16 pelos colonizadores. Estabelecidos na América, principalmente na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e Sul do Brasil, muitos desses animais passaram a viver livres, formando manadas selvagens que, durante cerca de quatro séculos, enfrentaram temperaturas extremas e condições adversas de alimentação. Essas adversidades imprimiram nestes animais algumas de suas características mais marcantes: rusticidade e resistência.

Em meados do século 19, fazendeiros do Sul do continente começaram a tomar consciência da importância e da qualidade dos cavalos que vagavam por suas terras. Esta nova raça, bem definida e com características próprias, passou a ser preservada, vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do século 20.