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Todo mundo faz uma simpatia

Usar branco é uma delas e poucos sabem qual a origem e significado

As simpatias estão tão enraizadas nos costumes do brasileiro na virada do ano que muitos nem sabem que são adeptos. Usar a cor branca é uma delas. E são muitas para atrair boas vibrações e fazer com que o novo ano seja melhor em todos os sentidos. Comer lentilha, eliminar as aves na ceia do réveillon, chupar sete sementes de romã, comer 12 uvas e, para quem escolhe ir para a praia, pular 7 ondas quando o relógio marcar meia-noite.
Usar o branco é a simpatia que tem o maior número de adeptos, mesmo que não haja uma pesquisa para comprovar. Esse é um hábito que tem origem nas antigas tribos africanas e chegou ao Brasil junto com a cultura de celebrar Iemanjá, a Rainha do Mar, na virada do ano. Na década de 1970, integrantes do candomblé passaram a fazer oferendas na praia de Copacabana no Rio e a partir dali o hábito acabou sendo incorporado pela sociedade. Vestir branco representa paz, pureza e luz entre tantos outros adjetivos que demonstram desejos das pessoas para o novo ano que chega.
Também tem origem em religiões africanas a simpatia de pular 7 ondas. Conforme o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, a origem está na umbanda e também tem o intuito de homenagear Iemanjá. De acordo com a tradição, Iemanjá, através de sua divindade, purifica e dá força para vencer obstáculos.
O número 7, conforme o diretor geral da Ocupação Cultural Jeholu, em São Paulo, Felipe Brito, está, na umbanda, relacionada ao universo de entidades chamadas de Exu que cuidam dos caminhos e apresentam novas possibilidades e renovação.
Mas as simpatias do réveillon não estão relacionadas somente a costumes de religiões afros. Existem muitos outros que foram trazidos para o Brasil pelos imigrantes. A lentilha é um deles e tem origem nos italianos. Logo na virada, comer uma porção traria sorte para as finanças. Na Itália até existe um ditado: “Lentilha no Ano-Novo, dinheiro o ano todo”. A crendice estaria associada ao formato do grão que se assemelha a uma moeda.
Já os fogos de artifício, cada vez mais questionados, são utilizados há centenas de anos. Eles teriam o objetivo de afugentar os demônios, os espíritos maus, deixando o novo ano livre para que todos possam prosperar sem nenhuma interferência maléfica.

Outras crendices

Existem muitas simpatias de Ano-Novo. Comer 12 uvas, por exemplo, tem uma lógica semelhante a pular 7 ondas no sentido de pedidos formulados. Cada uva representa um mês do ano e a pessoa deve fazer um pedido a cada uva ingerida. Alguns recomendam guardar as sementes na carteira para garantir as conquistas desejadas.
A romã também traz prosperidade e três sementes também devem ser guardadas na carteira. Para algumas pessoas, a cor rosada da fruta traria sorte no amor. Outro hábito é o de estourar um espumante para comemorar o réveillon. Isto não está restrito ao Brasil e acontece em praticamente todo o mundo. A bebida, na sua versão mais primitiva, sempre fez parte das comemorações da alta sociedade romana. Já o bacalhau foi trazido pelos portugueses e está presente na virada do ano para que sejam evitadas carnes de aves. Elas ciscam para trás e atrasariam a vida. Então, o peixe se tornou uma alternativa porque só anda para frente. Assar carne de porco segue a mesma lógica.

 - Divulgação
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