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Depois de 10 dias de atividades voltadas para a valorização do turismo e da gastronomia local, que reuniu diversas atrações culturais e artísticas, além do desfile de carros alegóricos, em meio a muita alegria, diversão, sorrisos, lágrimas e emoção a 14ª Festa Colonial da Uva (Fecouva) e 4ª Festa do Moranguinho foi encerrada no último domingo, dia 20. A organização estima que, ao todo, mais de 40 mil pessoas tenham prestigiado o evento e movimentado as ruas do pequeno distrito de Otávio Rocha, que distribuiu milhares de cachos de uva e morangos. 
No entanto, o resultado da festa vai muito além de números, ele conta a experiência que cada visitante pôde vivenciar em meio à comunidade local. Sentimento de acolhida que atraiu pessoas de diversas cidades.
Este é o caso de Luciane Demartini, de 45 anos, que veio de Caxias do Sul com o marido e o filho. “Eu já conhecia algumas festas, mas, na Fecouva eu nunca tinha vindo. Achei bem organizada, com um público maravilhoso e o desfile foi lindo. Também provamos a uva e os morangos. Gostei muito da festa e voltaria com absoluta certeza”, relata a visitante que acompanhou o evento pela primeira vez.
E teve mais pessoas de Caxias do Sul que trocaram o agitado primeiro fim de semana da Festa Nacional da Uva para conhecer os encantos de Otávio Rocha. Como o aposentado Angelo Zucco, de 59 anos: “Já tinha vindo aqui em Otávio Rocha para visitar, mas, essa é a primeira vez que eu venho participar da festa. Está bem interessante, tinha bastante gente. Também achei bem bacana o pessoal envolvido, eles mostram, realmente, como é na prática a ‘coisa’ aqui, gostei muito”, empolga-se Zucco, afirmando que o desfile é natural e fiel às tradições. 
E não foi só o público caxiense que aproveitou o último fim de semana da festa. A integrante da Comissão Social da Fenachamp, Tamara Piccinini, de 37 anos, veio de Garibaldi para acompanhar as soberanas da Festa do Espumante Brasileiro na divulgação do evento – que será realizado entre os dias 6 e 30 de outubro – e revela que o acolhimento da comunidade é contagiante: “É a primeira vez que eu venho para Otávio Rocha e as pessoas daqui são muito acolhedoras. Estávamos comentando que o povo se uniu para fazer um desfile tão lindo e histórico, dá para ver que eles fizeram com muito amor e carinho, todo mundo engajado, foi muito emocionante ver a história da uva e do morango”, frisa Tamara.
Durante os jogos coloniais, também foi possível encontrar pessoas de fora participando da competição, como Eduardo Chaves, de 16 anos, que veio de Santo Expedito do Sul. “Ainda não conhecia Otávio Rocha, vim pela primeira vez. Estou achando a festa bem legal, o evento e as provas bem interessantes”, comenta o jovem que participou e venceu em duas provas: a de debulhar milho e a de tirar a rolha de dentro do garrafão de vinho. 
E as pessoas que moram em Otávio Rocha, como avaliam a festa? Para Raquel Olivo da Cruz, de 22 anos, que é natural de Santa Catarina e veio para cá com os pais, ainda na infância, durante a festa, o distrito se transforma. “É o segundo ano que venho, achei bem interessante, traz bastante turistas. Otávio Rocha é bem calma, uma ‘cidadezinha’ mais tranquila e, agora, nessa época, vimos bastante mudança de movimento, bastante caras novas por aqui. Eu acho que esse ano superou as expectativas do pessoal, veio muita gente”, comemora e defende que a comunidade é muito engajada.