Nova Pádua

Desde o dia 1º, o secretário de Administração e Fazenda de Nova Pádua, Pedro Fernando Wuttke Quintanilha (Republicanos), responde administrativamente pelo município de Nova Pádua. O fato é inédito, ocasionado pela licença de férias solicitada pelo prefeito Ronaldo Boniatti (PSDB), conforme prevê o artigo 61 da Lei Orgânica do Município. O vice, Gelson Sonda (PP), se assumisse, não poderia mais ser candidato a outro cargo na eleição de 15 de novembro, por isso, também solicitou 10 dias de férias, no mesmo período que o prefeito. O terceiro na lista seria o presidente da Câmara de Vereadores, Danrlei Pilatti (PP). Ele, ao receber a comunicação de afastamento do prefeito e vice, se declarou impedido de assumir o exercício da chefia do Executivo, pelo mesmo motivo do vice-prefeito. Ao assumir o executivo, o vereador Pilatti também não poderia concorrer a outro cargo eletivo. A volta do prefeito Boniatti está prevista para o dia 11. Ele explicou que tem férias acumuladas e que “mesmo estando de férias, vou estar fora de Nova Pádua apenas dois ou três dias”, tratando de compromissos pessoais. “Em dezembro, no fechamento do ano, será impossível tirar férias”, acrescenta Boniatti. Ele explica que não haverá custos para o município, uma vez que assume um servidor do município, sem aumento de vencimentos.
O presidente da Câmara de Vereadores, Danrlei Pilatti, considera o momento inoportuno para as férias do prefeito, “em meio à crise da pandemia”. Ele acredita que o prefeito tenha solicitado a licença para forçar uma situação com o PP, na medida que tanto o vice-prefeito como ele, presidente da Câmara, são passíveis de serem candidatos à eleição. O líder do legislativo acredita, ainda, que o prefeito estaria “reagindo a uma não aprovação, por 6 a 2, de uma proposta do executivo” que autorizava a suspensão do recolhimento, até o final do ano, das contribuições previdenciárias patronais da prefeitura. 
O vereador e presidente do PSDB, Silvino Maróstica, explicou que a ação seria preventiva, na medida em que a perda de arrecadação do município já chega a R$ 700 mil. Para ele, a suspensão do pagamento da cota patronal da previdência, representaria cerca de 50% desta perda, ou seja, aproximadamente R$ 350 mil. “Seria uma medida de precaução com as contas do município”, explica Maróstica.

Segue indefinida a coligação 
Reunidos na terça-feira, dia 30, os lideres do PSDB, PP e MDB não avançaram praticamente em nada para a manutenção do acordo que prevê lançar uma chapa conjunta ao executivo municipal. O PP já apresentou seu nome para concorrer a prefeito. O MDB ainda não definiu o nome, nem tampouco disse se quer continuar o acordo. Por outro lado, discutiu-se a proposta para que o Republicanos integre formalmente esta coligação. Para tanto, o partido deve apresentar quais são as condições para participar, que serão avaliadas pelos demais partidos.
Há quem diga que ex-prefeito Itamar Bernardi, o Kiko, está chateado com as críticas que sua administração tem sofrido por parte dos vereadores do PP. Isto poderia estar impedindo o MDB de estar junto com os progressistas na próxima disputa eleitoral. Neste cenário, se o acordo for quebrado, cada partido poderá definir individualmente o caminho a seguir. O presidente da Câmara, Danrlei Pilatti, disse nesta semana que seu partido terá candidato a prefeito.