Política

Itamar Bernardi Kiko (MDB) fala sobre seus planos para o futuro de Nova Pádua

O candidato participou de entrevista ao vivo promovida pelo jornal O Florense na última segunda-feira (16).

Com a experiência de ex-prefeito reeleito, Itamar Bernardi Kiko (MDB) não fugiu das polêmicas de campanha e listou propostas em busca de seu terceiro mandato a frente de Nova Pádua. Com transmissão ao vivo pelas redes sociais do jornal O Florense, o Kiko Bernardi respondeu 20 perguntas em 40 minutos.
Dentre os temas abordados, o ex-prefeito detalhou seu plano para o desenvolvimento habitacional do município, destacando um projeto-piloto para criar um novo bairro com a inclusão de "15 ou 20 famílias trabalhadoras". Também foram abordados temas como infraestrutura, obras, agricultura, pavimentação asfáltica, saúde e esportes.
A seguir, confira os principais tópicos da entrevista. As respostas completas de Itamar Bernardi Kiko podem ser conferidas na íntegra, em vídeo, no YouTube do jornal O Florense.


A municipalização da educação é um tema debatido há anos em Nova Pádua. Qual é a sua opinião?
Concordo com a minha vice Renata Zampieri e realmente temos que ter uma mensuração dos dados. Após a municipalização (o primeiro ao quinto ano), precisamos verificar se os nossos alunos tiveram um efetivo aumento na carga de aprendizagem. É preciso ser mensurado para definirmos se as próximas séries, do quinto a o nono ano, devem ser municipalizadas também. Com certeza, o município é mais capaz de resolver situações e tivemos, nos últimos anos, uma falta de professores significativa na rede estadual. O município consegue resolver melhor. Acredito que nos próximos anos, efetivamente, irá ocorrer (a municipalização).


O que propõe para melhorar a infraestrutura das escolas Bortolo Bigarella e Idalino Vailatti?
As duas escolas tem um problema recorrente que é a questão das chuvas. Isso tudo se dá por causa da vazão da água, pois temos um riacho que passa próximo das escolas. Precisamos reavaliar essa questão. A cada ocorrência de fortes chuvas essa área que compreende a creche e a escola infantil é alagada. O que nós temos que fazer é solucionar de uma vez por todas essa questão.

Como ex-prefeito, o senhor tem sido atacado por problemas nas obras de asfaltamento realizadas em seus mandatos. O senhor admite que a pavimentação estava diferente das medidas exigidas? 
Todos os asfaltos feitos em Nova Pádua, na minha gestão de 2008 a 2016, foram asfaltos que foram licitados e estão dentro das regras. Acontece que na minha administração fizemos mais de 28 quilômetros de asfalto. E, obviamente, quando você faz um número grande de asfaltos, a possibilidade de ter algum problema na base é muito maior do que uma gestão que fez apenas 10 quilômetros. Nós fizemos asfaltos no início de 2009, olha quantos anos já se passaram até 2024.

A sua candidata a vice denunciou rachaduras nas calçadas em uma obra na entrada da cidade. Como Nova Pádua pode melhorar a fiscalização dessas obras? 
Essas obras públicas precisam realmente de um olhar bastante crítico, porque exatamente como foi falado, esse problema da calçada é uma obra que ainda não foi inaugurada e já apresenta problema numa extensão muito grande. Precisamos de uma Secretaria que esteja atenta na fiscalização desses fatos para que não voltemos a enfrentar este tipo de situação.


O candidato pondera sobre a falta de crescimento populacional de Nova Pádua e afirma que a habitação é o primeiro passo para garantir o futuro. Qual é essa sua proposta para a habitação? 
Quando Nova Pádua foi emancipada, em 1992, tínhamos cerca de 2,3 mil habitantes. Passaram 32 anos e temos 2,4 mil. A questão populacional não tem aumentado. Alguns estão distorcendo o que queremos fazer. Nós vamos começar com um projeto-piloto de 15 ou 20 famílias e vamos trazer para Nova Pádua, para que essa gente possa suprir essa necessidade (de mão de obra). Vamos fazer parcerias entre a prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal. Faremos a aquisição de terrenos, propriamente ditos, e depois vamos começar a infraestrutura desses terrenos. Obviamente que iremos atrair essas famílias para que elas possam despender um valor para que construam e, consequentemente, ao longo do ano, elas possam residir em Nova Pádua. Será um novo bairro.

O senhor critica a atual gestão em relação ao Ginásio de Esportes. O que o senhor fará caso eleito?
Já faz um ano e quatro meses que a prefeitura é responsável pelo Ginásio de Esportes. Até o presente momento, nenhuma reforma foi feita. Sabemos que ele precisa ser ampliado. Nos últimos tempos, o Ginásio de Esportes se tornou um ponto primordial para o desenvolvimento do esporte de Nova Pádua. Imagino que as crianças, os adolescentes e adultos mereçam um local realmente condizente com a vontade esportiva que Nova Pádua possui. Nós vamos reestruturar a quadra e deixá-la em boas condições para a prática esportiva das diversas modalidades de esporte no nosso município.

O candidato denuncia a falta de medicamentos no município. Qual é o seu diagnóstico e proposta? 
Quem diz da falta de remédios não é o candidato Kiko. Quem fala isso é a população de Nova Pádua. Nesses últimos tempos é rotineira a falta de medicação no posto de saúde. Sabemos que Nova Pádua tem um poder aquisitivo de compra interessante. O mínimo aplicado em saúde é 15%, mas o investimento municipal na área da saúde é maior. Então, não é problema financeiro. O que temos ali, provavelmente, é uma desorganização entre a compra do medicamento e a distribuição. 

Sua candidata a vice-prefeita prometeu aumentar a equipe de atendimento médico, principalmente nas ambulâncias. Qual é a sua proposta? 
Temos uma carência grave na questão da ambulância. Não no dia a dia, pois durante a semana há profissionais. Se há alguma ocorrência, sempre vai o motorista e uma técnica ou enfermeira junto para fazer o acompanhamento. O que nós levamos em conta é nos períodos noturnos, onde só fica de plantão o motorista da ambulância, sem nenhuma técnica, enfermeira ou profissional da saúde. Entendemos que realmente é necessária a presença de uma técnica de enfermagem. O investimento não é alto. O que deixo registrado ao povo de Nova Pádua é que se nesses próximos quatro anos eu puder salvar uma vida, o investimento está pago.

Seu plano de governo fala em subsidiar parte dos projetos para a agricultura. Quais são estes projetos?
Quanto menos mão de obra  na agricultura, mais incentivo tem que ter do Poder Público. Entendemos que esses subsídios agrícolas são essenciais para os produtores. Temos uma proposta para que o agricultor produza na terra em que ele é proprietário. Imagina que existam alguns módulos de terras, onde o processo para as máquinas poderem entrar nesses terrenos ainda é dificultoso. O que propomos para esse agricultor é que ele entre com as máquinas subsidiadas pela prefeitura, faça a terraplanagem desses terrenos e que, depois, eles possam entrar com os tratores ou maquinário, produzindo e não precisando tanto de mão de obra. Quando falo de subsidiar, é exatamente isso, entregar para o agricultor possibilidades de produção com menos mão de obra e mais maquinário. 

Algumas obras são comentadas há anos, como a ponte para Nova Roma do Sul e uma nova perimetral. Qual sua avaliação?
A ponte é primordial. Ela é essencial para o futuro do turismo na nossa região. Obviamente seremos parceiros na construção. Sabemos que está em um processo adiantado quanto à captação de recursos e sobre os processos ambientais. Quanto à perimetral, essa demanda vem sendo alimentada há anos. Obviamente que depois que tivermos a ponte entre os dois municípios, o fluxo de veículos irá aumentar. Teremos que pensar em uma alternativa, em uma segunda via.  
 

 - Reprodução
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