Segurança

“A comunidade pode esperar empenho de minha parte”

Delegado Rodrigo Kegler Duarte assumiu a Delegacia de Polícia de Flores da Cunha

Natural de Santa Maria, Rodrigo Kegler Duarte é o novo delegado de Flores da Cunha. Duarte assumiu o cargo no dia 13, após a saída de Aline Martinelli, que há 12 anos estava no município. “Sou delegado de polícia há 16 anos e já passei por várias regiões aqui do Estado: Fronteira-Oeste, Centro, a região de Passo Fundo e trabalhei em Caxias do Sul por sete anos”, conta Duarte, ressaltando que a expectativa é boa.
O delegado, que comandou a Delegacia de Homicídios de Caxias do Sul nos últimos seis anos, diz que esse período foi o mais marcante de sua carreira até então. “Foi um período complexo, onde as facções criminosas começaram a agir. Em 2015 e 2016, tivemos um ápice de 130 homicídios. Trabalhamos durante esses seis anos, foram muitos casos, envolvendo facções ou casos passionais. Foi uma experiência muito forte nesse crime tão específico que é o homicídio e também na relação que isso tem nas facções criminosas, pois são crimes muito violentos envolvendo mortes, incêndios, então foi uma experiência bem marcante, bem válida na minha carreira”, relata.
Conforme o delegado, embora Flores da Cunha tenha um pouco mais de 30 mil habitantes, a cidade tem suas peculiaridades. “A cidade é muito próxima de Caxias do Sul, que tem uma dinâmica criminal forte, facções criminosas, tráfico. Então, temos que ter a consciência que a criminalidade age na região inteira. O tráfico de drogas tanto lá como aqui existe, é forte, temos que trabalhar nisso, tratando das peculiaridades do município, que eu estou me inteirando nesses primeiros dias, e sem perder o foco no geral que é o tráfico, o roubo de veículos, assalto à residência, onde muitas vezes os autores vêm de Caxias ou da região aqui da Serra”, destaca, acrescentando: “é preciso ter uma visão ampla dos problemas que podem causar influência aqui”.
Rodrigo, durante esta semana, agendou algumas visitas com a Brigada Militar, o Ministério Público e o Consepro para se ambientalizar com a cidade e fazer a aproximação com os outros órgãos. “A segurança pública demanda vários atores, a Polícia Civil, a Brigada Militar, a questão administrativa com a prefeitura, o próprio Consepro que age não diretamente na criminalidade, mas dá um apoio importante. A intenção é trabalhar de forma conjunta, claro que cada um com sua atribuição, mas de forma integrada”, ressalta. 
De acordo com Duarte, a Delegacia de Flores da Cunha não tem um efetivo ideal, somando apenas cinco agentes. “Então vamos precisar do apoio da Brigada Militar e acredito que a troca de informações é bem importante em benefício da comunidade florense”, garante.
O delegado destaca que a comunidade pode esperar empenho de sua parte. “A minha carreira sempre foi direcionada para o trabalho que causa resultados. Nós temos que fazer um mapeamento da cidade, saber o que mais incomoda o cidadão. Pela imprensa, antes de vir para cá, eu tomei conhecimento de alguns problemas como a perturbação do sossego público. São coisas que temos que traçar um campo de ação, dando atenção possível ao que nós conseguirmos. Por isso, a Brigada Militar e os outros órgãos aqui do município são importantes, a própria comunidade no repasse de informações, principalmente contra o tráfico. Essas informações vindas para delegacia ajudam e muito nessas ações, que visam retirar essas pessoas de circulação, apreender entorpecentes e, com isso, causar o benefício social da redução do consumo”, finaliza.

Delegado Rodrigo Kegler Duarte está à frente da Delegacia de Polícia de Flores da Cunha.  - Gabriela Fiorio
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